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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Kadu Vianna — Kadu Vianna (2003)





A música faz parte de sua história desde a infância. Com o avô paterno e alguns tios músicos, ganhou do pai, seu primeiro violão aos quatro anos, começou a estudar o instrumento aos oito, ganhou seu primeiro festival da canção aos quinze, com uma música própria composta aos doze. Em verdade, nunca parou de tocar e cantar. Já esteve em diversos palcos do Brasil, ao lado de nomes como Paulinho Moska, Beto Guedes, Luiz Brasil, Toninho Horta, Flávio Henrique, Marina Machado, Vander Lee, Júlia Ribas, entre outros.

Tido por muitos da imprensa e público como uma das maiores revelações da música mineira, Kadu Vianna constrói seu caminho mesclando MPB, Pop, Jazz e Rock. Com timbre singular e fácil de agradar aos ouvidos mais exigentes, divide seu tempo entre o curso de bacharelado em canto lírico pela Universidade Federal de Minas Gerais e shows de divulgação de seu novo trabalho.
Nascido na cidade de Nova Lima (MG) em 31 de Maio de 1980, Kadu Vianna lançou-se oficialmente no mercado em Dezembro de 2003, com o lançamento do seu primeiro cd de carreira, homônimo a ele. O cd, produzido por Luiz Brasil e com participações de Carlinhos Brown, Jaques Morelenbaum, Carlos Malta, Paulo Calasans e música inédita de Paulinho Moska, lhe permitiu ganhar espaço na cena musical mineira .
01.: Flor de Minas
02.: Sonhei que estava todo mundo nu
03.: Rádio
04.: Nada será como antes
05.: Bala perdida
06.: Mãos de poeta
07.: Coração polar
08.: Falso
09.: Só me dão solidão
10.: Quantas religiões tem o mundo
11.: É onde você mora
12.: Cambaio
13.: Amar você é como me perder

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

EUGÊNIO BRITTO - TRILHA MINEIRA - 1991 - EXCLUSIVIDADE CANTO SAGRADO - repost a pedido

Eugênio Britto é Natural de Rio Acima, MG é escritor, músico, cantor e compositor. Atua como músico profissional desde 1980. Autor de mais de uma centena de composições musicais, entre sambas, boleros, choros, valsas, xotes, baiões e baladas. Teve suas composições gravadas por Kadu Vianna, Rubinho do Vale e Cláudia Duarte, (CD Verde Maravilha. Autor de 4 livros infantis da coleção Sábia Sabiá, editados pela Paulinas Editora.

Discografia

 1991 Trilha Mineira

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 Eugenio Brito - Trilha mineira (1991)- canto sagrado da terra 2.rar

domingo, 26 de outubro de 2014

TATTÁ SPALLA - FILA DE CINEMA

Tattá Spalla - Fila de Cinema


 O cantor, compositor, guitarrista e produtor musical Tatta Spalla, natural de Nanuque, hoje é considerado um dos maiores guitarristas e compositores do Brasil.

Com cerca de 25 anos de carreira, Spalla começou a tocar profissionalmente no Projeto Fim de Tarde, do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e salienta que a música “Começou como um hobby, mas um hobby muito querido – eu sempre me imaginei músico, nunca me imaginei fazendo outra coisa e acho que nunca fiz outra coisa”. Ainda em Belo Horizonte, fez um ano de conservatório na UFMG, onde lançou no ano passado seu primeiro CD, “Fila de Cinema”.
O guitarrista credita a Lô Borges a iniciativa de ingressá-lo no circuito de shows profissionais, ainda no início de sua carreira, e possibilitou que ele tocasse com a Banda da Cidade, com Chico Amaral, depois se deparasse com o som do Clube da Esquina, Beto Guedes, Milton Nascimento, Toninho Horta, Flávio Venturini. Tatta Spalla gravou, inclusive, com Cássia Eller, no seu segundo disco, “O Marginal”.

Tattá Spalla, lança seu 1º cd solo depois de liderar por 6 anos a banda de rock progressivo "Armazén" . "Fila de Cinema" é um disco pop com letras românticas. Parceria nas composições com Seu Jorge, Marcio Borges, Gabriel Mouta e Paulo Ricardo (ex RPM). Participação de Beto Guedes, Seu Jorge e Toninho Horta.


01.Fila de Cinema – Tattá Spalla e Gilberto de Abreu
02.Cada vez Melhor – Tattá Spalla e Lúcio Tadeu
03.Let´s go – Tattá Spala e Seu Jorge
04.Longe Vou (Lou Bilou) – Tattá Spalla e Gabriel Moura
05.À Espera – Tattá Spala e Paulo Ricardo
06.Oi – Tattá Spalla
07.Força Natural - Tattá Spalla e Gilberto de Abreu
08.O Trem de Ferro e Aço - Tattá Spalla e Lúcio Tadeu
09.Artilheiro da Alegria - Tattá Spalla, Seu Jorge e Gabriel Moura
10.Dependendo da Hora – Tattá Spalla e Márcio Borges
11.Último Contato – Tattá Spalla e Makely Ka
12.Arma Nenhuma – Tattá Spalla e Robertinho Brant

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

CAPIM SECO - SEMBA - 2011

Em disco de estréia, o Capim Seco revela uma sonoridade fértil concebida com arranjos sofisticados. O samba é o eixo condutor do álbum, em torno do qual giram o baião, a ciranda, a poesia, o congado mineiro, o jazz e até certa atitude rock and roll. “Semba é uma palavra de origem bantu, ramo linguístico africano trazido para o Brasil com a escravidão, é a dança de umbigada, o batuque de roda do encontro. Esse título simboliza para nós a antropofagia cultural brasileira, o desejo da troca, a confluência dos gêneros que nos influenciam”, explica Michelle Andreazzi, cantora do grupo. “Semba também é uma célula rítmica presente em muitos estilos musicais, como o samba, o baião, e grande parte dos ritmos de origem africana” revela Gabriel Goulart, diretor musical do CD e violonista do grupo.Originalmente formado em trio, o Capim Seco surgiu em 2003 e tocava releituras de nomes da MPB, como Edu Lobo. A noite belo-horizontina aos poucos deu lugar às apresentações em grandes festivais como o Conexão Vivo e a Virada Cultural Paulista. Hoje o septeto é formado por Gabriel Goulart (violão de 7), Luiz Lobo (bateria), Tiago Ramos (sax), Fábio Martins (percussão), Alberto Magno (baixo), Juventino Dias (trompete) e Michelle Andreazzi (voz).Semba Quem abre os caminhos para o álbum é o “Samba de Eleguá”, música de Nei Lopes. Onde a banda denota sua força de conjunto. A faixa seguinte é o samba de roda “Mãe do Céu Dona do Mar”, seguida pelo poema “À Margem” de autoria de Michelle Andreazzi. A sutileza do grupo é percebida na ciranda lírica “Casa de Julieta” que faz referência as bandas do interior de Minas e na congada poética “Elisa no Paraíso” canções também de autoria da cantora. A direção musical do disco foi assinada por Gabriel Goulart e Flávio Henrique que consagraram essa parceria na composição da faixa “A Força dos Elementos”. Flávio também emprestou sua sofisticação a alguns pianos do álbum como no belo samba nostálgico “Sofre Mas Não Volta Atrás”. “Casa de Nego” de Gabriel Goulart, Dé Lucas e Heleno Augusto, aproxima o Capim Seco da energia religiosa que metaboliza o samba. A faixa conta com a participação especial das “vozes” de Sérgio Pererê. O samba “Terra de Valente” de Gabriel Goulart faz referências aos mestres de Catopé, Marujada e Folia de Reis de Milho Verde-MG, povoado que sempre acolheu o grupo. “Um presente!” Assim o grupo define a faixa “Santos e Luz” (Mestre Jonas, Miguel dos Anjos e Mário Ferreira). A música foi apresentada por Mestre Jonas à banda em 2008, no “Abriu a Roda”, projeto onde o Capim Seco recebia os novos compositores da música mineira.A canção “Filho de Pemba” é uma parceria de Michelle Andreazzi, Gabriel Goulart e Luiz Lobo. Um samba em três, fundido à viola caipira de Marcelo Issa. A faixa-título é um  baião moderno, que em meio à profusão do naipe de metais aproxima as culturas de Pernambuco e Minas Gerais. Essa aproximação cultural está expressa também nas ilustrações do álbum, criada pela artista pernambucana Rosinha Campos.O CD “Semba” contou com arranjos de Gabriel Goulart e também com participações de Leonardo Brasilino (trombone), Marcelo Pereira (flauta), Aldo César (tuba) e Fábio Costa (clarineta), Patrícia Chow (coro) e Marina Gomes (coro).A gravação deste álbum é uma produção do grupo Capim Seco, patrocinada pelo Conexão Vivo, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com apoio da Pitanga Comunicação e Cultura e da Primata Filmes.

Gabriela Santos (produção)
+55 31 8930-5177
contato@capimseco.com
Pedro Thiago (imprensa e comunicação)
+55 31 8878-0582
pedro@capimseco.com
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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

PEREIRA DA VIOLA - VIOLA ÉTICA - (repost a pedido)


"Entre 85 e86 a viola passou a fazer parte da minha vida. Eu sentei no jardim do centro da cidade de Serra dos Aimorés, que é pequenininha. O jardim é gostoso, tinha um banquinho, e eu sentei com a viola. Quando percebi estava tocando Tristeza de Jeca. Foi a primeira música que toquei na viola." 
Pereira da Viola
No dia 16 de agosto de 1962, nasceu em São Julião, pequena comunidade rural do Vale do Murici, norte de Minas Gerais, José Rodrigues Pereira, o Pereira da Viola. Décimo primeiro dos treze filhos de João Preto (José Rodrigues Pereira) e Mãe Augusta (Augusta dos Santos Pereira), Pereira era conhecido em sua família pelo apelido de Zezinho ou Zé Nosso (pois tinha muitos “Josés” na região).
Em sua infância era um menino tímido e, segundo a mãe, chorão. O ambiente em que cresceu era humilde, mas de grande riqueza cultural. “Depois do trabalho na roça, meu pai pegava a sanfoninha de bode, que é a sanfona de oito baixo, e começava a tocar, minha mãe a cantar e a gente a dançar”.
A forte tradução cultural da Região do Vale do Murici também foi determinante na formação de Pereira. Ainda criança, acordava à noite ao som das folias que visitavam sua casa trazendo violas, sanfonas, tambores e muita cantoria.
Encontro de Culturas
Participando do Encontro de Culturas Tradicionais de 2008, Pereira da Viola contou à Agência de Notícias do evento um pouco da sua história. Uma "incelente maravilha", conhecida saudação do artista.
De onde surgiu a paixão pela viola?
Foi uma maneira que encontrei de estar em contato com a minha própria identidade. Saí de casa muito cedo para estudar no Espírito Santo. Na década de 80 fui estudar em Serra dos Aimorés (MG), onde acabei me envolvendo com o movimento cultural. Foi lá também que entrei em contato com a música de Elomar, Rubinho do Vale, Dércio Marques, Doroty Marques, Paulinho Pedra Azul e vários outros artistas que me influenciaram. Logo depois senti uma necessidade de retornar à minha base cultural que é minha própria família. Todo mundo em casa toca e canta.
Existe alguma influência especial?
Voltei para casa com gravador na mão, anotando tudo, estudando as pessoas da comunidade, em especial minha mãe, a base para minha formação de vida pessoal e musical. A Mãe Augusta (87 anos) canta e dança batuque até hoje. Temos uma Folia de Reis que participo todos os anos.
Como você define seu estilo?
Sou autodidata e isso é importante por que o artista acaba criando uma identidade própria. Mas o estudo é muito necessário, sou favorável à volta do ensino da música nas escolas. Vivêncio todos os ritmos: indianos, clássicos, eruditos, latinos e blues que é, para mim, a "folia norte-americana".
Você é um artista popular que tem sua origem ligada à cultura tradicional. Existe alguma dificuldade de traduzi-la para o palco?
Fazemos batuque, cantigas de roda, contradanças e tentamos trazer a alma destas manifestações. Algumas coisas são difíceis, mas eu sou um artista de palco. Ainda é necessário um bom estudo para levar a cultura tradicional ao palco e manter as características que têm. À medida que vão se apresentando, os próprios artistas adaptam suas artes. As produções também devem criar espaços favoráveis, com outra lógica, onde não haja a diferença tão grande entre o natural e o espetáculo.
Como você vê o desinteresse da mídia com relação à cultura popular?
Não é a visibilidade da mídia que faz a cultura popular sobreviver. É sua própria força que a faz se manter viva de geração em geração. É igual à própria terra, podem até matá-la, mas ela vai sobreviver de outra maneira. Agora percebemos um novo olhar dos gestores públicos para a cultura popular.
Você leva aos seus shows o lado lúdico da música, incluindo as brincadeiras de roda e o público adora. Fale um pouco desta idéia. 
É importante ter acesso à informação. Parte das coisas que levo para o palco vem de um movimento de pessoas ligadas à arte e que têm a brincadeira como forma de expressão, assim como Antonio Nóbrega, Adelsinho, Lydia Ortelio e outros espalhados pelo Brasil. Trago para o palco a brincadeira da vida. Brincar é uma coisa séria. O mundo está muito carrancudo e isso não está levando o ser humano a lugar nenhum. O futuro do homem está condenado com a forma de desenvolvimento que está sendo implementada. Temos que levar a vida com menos seriedade, mais leveza.  Não é fácil, mas é um exercício cotidiano, temos que ser moleques, no bom sentido.
É viola, é batuque, é folia, é reisado. Quarto CD do violeiro e cantador Pereira da Viola, produzido e dirigido pelo próprio artista, tem a participação especial de Inezita Barroso, Paulo Freire e Brás da Viola. É o som singular do toque da viola caipira. Poética de sentir o som da terra e os lampejos da água.
RELAÇÃO DE MÚSICAS:
01 - Cafuzo
02 - Viola Ética
03 - Fuxico
04 - Sonho Morena
05 - Minas da Lua
06 - Menina Flor
07 - Anjos da Terra
08 - Maxixe Liso (Instrumental)
09 - Andarilho
10 - Bicho Calango
11 - A Última Estrela
12 - Tirana da Rosa
13 - Almirante (Instrumental)
14 - Violeiro Trovador
15 - Dona Mariana
16 - Hino Nacional Brasileiro (Instrumental)




BAIXE ESSE CANTO SAGRADO:( álbum maravilhoso do inicio ao fim, verdadeira obra de arte)
 PEREIRA DA VIOLA- Viola Ética - canto sagrado da terra 2.rar






domingo, 19 de outubro de 2014

SERGIO PERERÊ - LABIDUMBA 2008 (repost a pedido)

Mineiro, de Belo Horizonte, Sérgio Pererê é cantor, compositor, multi-instrumentista e ator. Herdeiro da cultura africana, representa hoje um elo entre as tradições e a contemporaneidade. Em seu canto expressivo nota-se a presença da força ancestral presente nas manifestações populares como capotes, Moçambique, marujada e ao mesmo tempo o swing do jazz, do blues e do soul.Formou o quarteto Pedra de Tucum, ao lado dos violonistas Meliandro Gallinari e Rafael Trapiello e da flautista Andréia Cecília Romero. Liderou a banda Avone de rock progressivo e durante quinze anos foi integrante do grupo percussivo Tambolelê, com o qual lançou dois álbuns, "Tambolelê" (2001) e "Kianda" (2004) e excursionou pela Europa, EUA, Nova Zelândia e México,Italia etc. Já dividiu o palco com Milton Nascimento, Naná Vasconcelos, Wagner Tiso, João Bosco.

Como um dos compositores mais significativos de Minas Gerais, Sérgio Pererê possui os CDs solos e autorais “Linha de Estrelas” (2005), “Labidumba” (2008), "Alma Grande, Ao Vivo" (2010) e "Serafim" (2011). Atualmente, divulga este último trabalho, acompanhado pelos músicos Rafael Elói, Nath Rodrigues, Débora Costa e Daniel Guedes e Integra o grupo Sagrado Coração da Terra, ao lado de Marcus Viana.

Discografia

Linha de Estrelas (2005)
Labidumba (2008)
Alma Grande, Ao Vivo (2010)
Serafim (2011)
Sergio desenvolve projetos sócios-culturais na periferia de BH.  Atualmente é vocalista e compositor do grupo progressivo Sagrado Coração da Terra, ao lado do violonista e do também compositor Marcus Viana. No palco tem como aliado o Charango, instrumento andino, e a Tama, instrumento africano, com os quais faz criativos “diálogos” com o contrabaixo, guitarra, violão, acordeon e bateria. O resultado é uma sonoridade contagiante e frenética que leva o público da euforia à contemplação.
Um dos mais belos vocais do mundo!!!!!!

Labidumba
  1. Parto
  2. Labidumba
  3. Avonebomo
  4. Alma Grande
  5. Maná
  6. Mais Uma Dose de Poesia
  7. Duas Vozes
  8. Memórias do Coração
  9. N´gana Zambi
  10. A Mulher do Pajé
  11. Iluminado
  12. Vento E Chama
  13. Vendaval

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Sérgio Pererê-Labidumba- canto sagrado da terra 2.rar

sábado, 18 de outubro de 2014

DIDI PARACATU - QUINTAL DAS MEMORIAS (repost a pedido)


Didi Paracatu

Me sugeriram certa vez que eu fizesse uma música mais "comercial". Fiquei de pronto a ruminar nas peleias do que se pedia: negociar o inegociável, fazer o que nunca se quis, bulir num veio dágua que foi fazendo trecho quieto, sozinho, sem regras, num corredor de chão. Onde guardar os cheiros do mato? Em que vidro aprisionar o aroma único de terra molhada, com seu condão de evocar saudades? Onde o ondular dos montes, o quieto dos vales, o convite dos rios, o fresco das veredas, o pio das codornas poucas, o arrulhar das pombas de revoado pouso? O capim do campo e o rancho de taipa? Como apeá-los das canções? E as gentes? Mãos calosas, pouca "letra" e muito saber, que só abrem prosa e se espairecem, nos cepos de seus terreiros, ou no adorno da lira de cantadores, povoando os versos das canções de tantos, como eu? Enfiei a tal idéia no guardado de uma cabaça, deitei a correr rio abaixo, ao rumo esquecido dos assuntos que não merecem virar coisas, e continuo aqui, teimando cantorias, enquanto Deus quiser querer. 


Biografia, ou um naco de minhas andanças musicais
Toda biografia, deve ser incompleta pra ser boa, pois ao escreve-la a vida segue caminho a trote, fazendo-se impossível prender-se o tempo na gaiola do tudo dizer. Vida não fica mansa, dócil, quietinha.

Resumindo, quero que nasci prosador, imaginador de mundos, queredor de coisas que a correria dos dias faz deixarem esquecidas no canto das lembranças.

Me dá certeza de ter que contar nos modos de um cantador, das entranhas e raízes do meu lugar, Paracatu, seu cerrado, seus agrestes e bichos matreiros, das chuvas que vão ficando alheias, da pobreza rica do matuto, seus termos, mil histórias e outras tantas estórias.

Nasci em Paracatu, infância no bairro Santana, que tomo de empréstimo a muitas canções. Bairro de negros, um quase quilombo, com muita beleza e que só se deixa ler a quem for de lá ,ou se achegar bem pertinho, pra um café de coador. Viver no Santana era viver no berço dos sorrisos amigos, das mil alegrias que eram capazes de engolir tristezas, que teimassem em por a cara de fora, nas gretas das meias folhas das janelas de lá

Filho de criação de Sr. Honório e dona Lúcia, amado mais, por não ter sido e querido sempre da parentela outra, doadora das vertentes musicais, por certo, e feliz, de toda banda!

Nos primeiros lampejos musicais, lembro-me de Fofó, gravado nas lembranças da infância, executando comigo ao colo, com maestria impecável, choros de Pixinquinha, Valdir Azevedo, Jacó do Bandolim, Luiz Americano e outros, que mais tarde, adulto, ao ouvi-los, não me foram estranhos ao registro da memória.

Coisa de não se esquecer, foi o meu pai Honório, executando em um violão com cordas de aço - não existiam as de nylon - assentado no "rabo" do fogão a lenha, com seus sabidos poucos acordes, mas firmes e harmoniosos, e minha mãe, bem perto a ele, entoando canções em duo de terças - hoje sei -, de canções de Cascatinha e Inhana, coisas que nem querendo, se furtam do recordar.

Depois, os belos hinos dos corais, quartetos, orgãos e solistas na Igreja Presbiteriana, me apresentando a Bach, Handel, Felix Mendelsohn, Beethoven, onde adolescente, as lágrimas me vieram ao ouvir o "Largo" da Ópera "Xerxes" de Handel, pelo tenor Otávio Pinheiro e em outros momentos, os solos do baixo profundo de Lucas Silva, meu irmão, com d.Ester Tillmam ao órgão, momentos que me elevaram ao céu, de onde não quis mais sair, mesmo aqui. Mais tarde, lá toquei violão, dirigi corais, formei quartetos e outros grupos, tudo com uma alegria que só Deus e a música proporcionam.

O mundo se abria, mesmo no limitado universo provinciano. Vieram o ver e o ouvir, a banda Euterpe e Lira Paracatuense, com seus magistrais dobrados, e os desfiles de 7 de setembro, onde os alunos do Colégio Estadual daqui, passaram, ao ritmo da fanfarra, assobiando o tema do filme "A ponte do rio Kwai", um deslumbre que foi desenhando as ricas nuanções de uma musicalidade iniciante. Os LPs, trazidos de Brasilia-DF por Davi Barbosa, que inovavam os gostos musicais e nos apresentavam a Baden Powell, Chico Buarque, Milton Nascimento, Edu Lobo, Tom Jobim e tantos outros.

As sanfonas toscas nas danças de quadrilhas no Santana, as rodas de música com Mazin e João César, a guitarra gestual de Tassim, os improvisos de Picolé, um músico andarilho que por aqui passou, sem contar os tantos Festivais da Canção, ricos celeiros por onde desfilavam os melhores representantes de nossa música brasileira de então, e que incentivaram o unir do violão solista, pelo qual sempre primei, às letras que descobri compor.

Depois, pelas conspirações maravilhosas do destino sabido por Deus, de férias em Belo Horizonte-MG, visitando a loja de instrumentos "Musical Strambi" tive o privilégio de ter sido adotado, mais uma vez, musicalmente, pelo grande maestro, arranjador e violonista Nelson Piló, de quem guardo um chorinho inédito até hoje, dedicado a mim, com quem, numa maratona de necessidade, aprendi ler música em uma semana, tempo que dispunha antes de retornar a Paracatu, ao fim das férias, o que fiz, mas já com um pacote de partituras musicais, generosamente doadas e escolhidas por ele, com o compromisso de retornar no outro ano, -o que foi cumprido-, com todas "na ponta dos dedos".

Nesse esticar das cordas do violão, dei de avançar nos estudos e ingressei na primeira turma da recém inaugurada e primeira cadeira de violão clássico no Brasil, na UFMG, criada pelo professor José Lucena Vaz, e aí, vieram ao acervo das lidas musicais, Villa Lobos, novamente J.S.Bach, Leo Brower, Abel Carlevaro, Guerra Peixe, as Masterclass de violão com Amilcar Inda, Noé Lourenço, as maravilhosas aulas de composição com Mário Ficarelli, as bisbilhotagens no coral Ars Nova, com o maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca, profundo na arte coral e generoso com quem queria aprender. Os cursos de férias na Fundação Musical, canto com Eladio Peres e tantos!

De quebra, os saraus musicais na casa da Tia Nilda, onde desfilavam, toda noite, na voz de todos e em especial de "G"e Helena esta, belíssima mezo-soprano, samba, bossa, chorinho e canções, ali, num terreiro de piçarra, vizinho ao Morro do Chapéu, que recebia minhas visitas para tocar Garoto, Baden Powell, Dilermando Reis, Armando Neves e outros e ouvir incontáveis choros nos dedos professores do negro Trisquê ao violão com outros cobras, tais como Luiz, irmão e Helena e o Sr. Balbino, perito no repertório de Luiz Bonfá.

Dessas lembranças tantas e andanças outras, resto eu, minhas cantorias, meu violão, sem alarde, no querer de aprendedor. Um disco, que é pertinente a esta biografia,"Quintal das memórias" primeiro trabalho gravado no Zen Estúdio, em Brasilia DF, produzido por Tarzan Leão, um Hino a Paracatu e ao Santana Esporte Clube, e novos trabalhos que serão lançados brevemente, permitindo Deus.
Ocupo com muita honra a Cadeira 29 da Academia de Letras do Noroeste de Minas, que por tramas do existir, tem como patrono o magistral inventor do Sertão: Guimarães Rosa.

Me alegra, citado em generosos escritores nossos tais como, Oliveira Melo, Zeca Ulhoa, Tarzan Leão e outros, que ao fazê-lo, expõem mais que a mim e sim, o lustro de minha terra e minha gente, assinalando aos contemporãneos, e tecendo cada um, com suas agulhas de escrever, memórias de se guardar na tulha.

Assim, como biografia para ser boa deve ser incompleta, sinal de que se vive e inda se quer fazer,
Didi

CD QUINTAL DAS MEMÓRIAS – DIDI PARACATU (maravilhoso álbum)

1-     Valsa simples

2-     Lenda das lagoas de Paracatu

3-     Quintal das memórias

4-     Vocabuneiro

5-     Ruas

6-     Modinha de serra

7-     Choro lento

8-     O mato

9-     Conversa de vaqueiro

10-  Estrada do mundo

11-  Coco mineiro

12-  Canção de barqueiro

13-  Canto de senzala

14-  Mote p’ra receber cantado

15-  Olhar do pai
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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PRISCILA MAGELLA - A BARRANQUEIRA - 2013 - (repost a pedido)



Cantora e compositora há 13 anos, nascida e criada em Pirapora/MG, sempre teve a veia musical muito presente em sua vida desde a infância, influenciada por sua mãe e seu tio músico, Geraldo Magela.

Cantou em vários projetos, ao lado de Marku Ribas, Paulinho Pedra Azul, abriu Show de Oswaldo Montenegro e vários artistas consagrados. Cantou no projeto Manuelzão, Campanha Sul de Minas, festival em Itanhém SP, Festival na cidade do Guará I em Brasília.

Seu trabalho pretende intensificar a cultura do Norte de Minas e de seu Sertão.
Priscila Magella retoma em suas composições uma enorme vontade de mostrar o outro lado desse Estado de MG que poucos conhecem.

A cantora sempre esteve ligada ao Rio São Francisco onde intitula sua casa, e por isso canta música barranqueira que nada mais é que feita as margens do Rio São Francisco mas sua paixão pelas melodias levou a diversificar seu repertório e assim sua voz passeia nas músicas de grandes nomes da MPB.
Gravou seu primeiro disco por nome de "A Barranqueira" com várias composições e muita mistura boa.

Eclética, une versatilidade, simpatia, talento e desenvoltura no palco, fazendo diversos tipos de shows, desde um intimista violão e voz até grandes espetáculos.
"O Palco é minha casa e a música minha Vida"

Faixas:
01 – Poeta Errante – Priscilla Magella
02 – Rock Xote da Rosa – Magela
03 – Paladinos do Sertão – Magela
04 – Cangaceiro – Priscila Magella, Walyd e Cecílio Battera
05 – Menino Barranqueiro – Magella
06 – Sensual – Magela
07 – O Que Você Negou – Priscilla Magella
08 – Caneta do Sertão – Magela
09 – Barranqueiros – Priscila Magella e Felipe Fil
10 – No Instante do Amor – Paulo Vieira
11 – Pião de Trecho – Magela
13 – Segura O Peixe – Pepeh Paraguassu
+BONUS




Pricila Magela - A Barranqueira - canto sagrado da terra 2.rar

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Irene Bertachini – Irene Preta, Irene Boa (2013)

A intérprete e compositora Irene Bertachini , integrante do grupo "urucum na cara",inicia carreira solo com o lançamento do disco "Irene Preta, Irene Boa". O álbum apresenta um repertório concebido entre canções autorais, parcerias e composições de jovens artistas de Belo Horizonte.

Em seu disco de estreia, Irene Bertachini revela um diversificado ambiente musical, onde a voz suave e expansiva da cantora nos envolve e conduz momentos de intensidade e rara sensibilidade, diluídos na amálgama de ritmos e linguagens da música popular e contemporânea brasileira.

O álbum reforça traço marcante no trabalho da artista: a composição. Oito das treze faixas do disco têm a autoria da compositora. Canções criativas, repletas de referências imagéticas. Aspectos potencializados pela instrumentação inusitada e inventiva concebida pelo construtor musical Leandro César. Uma brincadeira de timbres, marimba de angelim, vidro, porcelanato, entre outros instrumentos. O disco é enredado por vinhetas, como uma caixinha de música repleta de sutilezas e surpresas.

Destaque para as faixas "Rosa"; de autoria da própria cantora; um samba-choro delicado e cheio de saudade. "Aos Pés do Mar", parceria de Irene com Leandro César e "Dia Bom"; parceria com Gustavito; e recorda o universo fantástico da infância.

"Com humor e delicadeza, "Irene preta, Irene boa", é um feliz encontro artístico entre a poesia e a musicalidade. Ele traça contornos para um mundo imaginário, do mar ao céu, onde o ponto de chegada é a canção", revela Irene.

O título do CD é inspirado no poema "Irene no céu", de Manuel Bandeira. Na música “Licença”, a compositora dialoga com o escritor e traz à tona as possibilidades e significados do fazer poético. O disco também reúne composições de novos talentos da música contemporânea de Belo Horizonte, como Luiza Brina e César Lacerda (Casa na Areia), Alexandre Andrés e Bernardo Maranhão (Canto da Formiga), Gustavito (Caverna do Sapato), Makely Ka e Rafael Pimenta (Síntese) e Açude Verde dos aclamados Sérgio Santos e Paulo César Pinheiro.

O trabalho foi dirigido e produzido pelo compositor Felipe José e contou com arranjos de Rafael Martini, Rodrigo Lana, Leandro César e Gustavito. Participaram das gravações o percussionista do Grupo UAKTI, Décio Ramos, Kristoff Silva e o fagotista Romeu Rabello.

“A sensação que tive ao ouvir o primeiro disco de Irene Bertachini, foi como se provasse uma fruta diferente e saborosa, tendo que estar atento a todas as nuances desse sabor. O disco é riquíssimo por muitos motivos: pelas composições, pelos arranjos, pela sinceridade e pela verdade da intérprete. Originalidade é tudo, e Irene em seu primeiro passo já mostra o que procura. Que nunca deixe de procurar!” por Sérgio Santos, compositor.
A realização desse disco contou com recursos do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura.
 


Faixas: 
01 – Não Precisa Pedir Licença – Irene Bertachini e Felipe José
02 – Para Seu Amor, Rosa – Irene Bertachini e Marco Anhopoci
03 – Dia Bom – Irene Bertachini e Gustavo Amaral
04 – Açude Verde – Sérgio Santos e Paulo Cesar Pinheiro
05 – Casa Na Areia – Luiza Brina e César Macedo
06 – O Canto da Formiga – Alexandre Andrés e Bernardo Maranhão
07 – Caverna do Sapato – Gustavo Amaral
08 – Erê – Irene Bertachini
09 – Síntese – Rafael Pimenta e Makely Ka
10 – Aos Pés do Mar – Irene Bertachini e Leandro César
11 – Caberia? – Irene Bertachini e Leandro César
12 – Oração – Felipe José
13 – O Mergulho – Irene Bertachini
14 – Licença – Irene Bertachini 
 



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terça-feira, 14 de outubro de 2014

CEUMAR - DISCOGRAFIA


Ceumar Coelho (Itanhandu, 19 de abril de 1969) .
Nascida na região da Serra da Mantiqueira, no sul de Minas Gerais, de uma família ligada à música, aos 18 anos Ceumar foi para Belo Horizonte estudar violão clássico e canto na Fundação de Educação Artística. Em 1995, transferiu-se para São Paulo, onde permaneceu por 14 anos.
Seu primeiro CD, Dindinha, saiu em 2000, produzido por Zeca Baleiro, que também assinou a canção que deu nome disco. No segundo, Sempre Viva, Ceumar estreou como produtora, arranjadora e compositora, ao lado da poeta Alice Ruiz, em "Avesso", e de Chico César e Tata Fernandes, em "Boca da Noite".
A cantora tem se apresentado em turnês e projetos internacionais na Holanda onde reside atualmente, ao lado do pianista jazzista Mike del Ferro. Como compositora, escreveu para a peça teatral do ator Gero Camilo, Canções de Invento, que traz referências a violeiros do nordeste como Xangai e Vital Farias e mistura poesia, teatro e música popular. Tem canções gravadas pelos cantores Rubi e Gonzaga Leal.
Minha música vem da minha natureza. Cresci com ela em casa, meus pais cantam, minhas irmãs tocam ... nas festas de família sempre tinha cantoria... No colégio já levava o violão, cantava nas festinhas, na praça, nas madrugadas ...
Aos pés da Serra da Mantiqueira experimentei os sabores da vida interiorana e simples! “...sob o céu azul me deito, me deleito, me desnudo, coração dentro do peito não foi feito pra ter tudo...”
Com passos certeiros, sem pressa, cheguei a Sampa em meados de 95. Na cidade imensa fui absorvendo um bocado de tudo, nasceu o primeiro disco: DINDINHA.“ ´divinha o quê primeiro vem amor ou vem din-din, dindinha dê dinheiro, carinho e calor pra mim” Do amigo e produtor Zeca Baleiro ganhei esses versos. Esteve comigo nos trabalhos do disco, uma parceria muito especial, que também tinha Tata Fernandes:éramos um trio e tanto!
Em 2000 , estreei na fonografia com muitos sonhos e certezas. Viajei bastante ( São Luís, Salvador, Curitiba, Rio, BH...) e cheguei a Portugal e Hong Kong, levando as cores do Brasil na minha música: “... sabiá de laranjeira tu bicaste o meu melão, a fruta mais brasileira, mais uva, mais fruta-pão...”; a batida sincopada do côco, a marchinha, o samba de roda... tive muitas alegrias ao encontrar gente de ouvidos abertos, ávida pelo frescor da novidade e do que não está , digamos assim, aparecendo nas telas da TV no domingo.
“...Quando ela aparece, há três anos, com Dindinha, produzido por Zeca Baleiro, um susto enorme: de onde vem tanta luz? Nada de pop no seu sotaque. Nem um pingo sequer de qualquer modismo, local ou importado. E todas essas delicadas qualidades reaparecem agora, em sempreviva!" (Maurício Kubrusly)
A empresa Biodinâmica (Engenharia de Meio Ambiente) do Rio, teve a brilhante idéia de presentear com música seus clientes no Natal.E à ela se juntaram ainda a empresa Hicon e a Tech Way, se São Paulo. Daí em 2003 lancei o sempreviva!
significado das flores : sempre-viva = permanência
“A sempre –viva, como o nome já diz, é a mais desperta. Ou melhor, é uma flor com iluminação própria, apesar de sua aparência frágil, pétalas com consistência de asa de abelha... o cultivo é fácil: basta espalhar as sementes no solo certo, com uma leve aragem. Não são necessários adubação ou cuidados especiais durante a fase de crescimento. Os únicos riscos são a seca e, raramente, ataque de gafanhotos.”
Inspirada nessa flor da região de Diamantina,produzi o cd. Acreditando na leveza ,na liberdade, na música brasileira e na celebração da VIDA!
“... lá onde o sol descansa amarra sua luz no vento que balança,
no veio do horizonte o meio que arredonda, um caminho de paz...”
Desde sempre buscando um jeito próprio de pensar a vida. E faço isso através da música,cantando e tocando, que é minha maneira de ser cidadã e contribuir um pouco com a permanência nesse mundo.
“... se o caminho é meu, deixa eu caminhar, deixa eu...”
Fonte: mpbnet
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[2000] Dindinha
[2003] Sempre Viva
[2006] Achou
[2009] Meu Nome
[2010] Ceumar e Trio - Live em Amsterdam
[2014] Silencia

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Marina Machado e Regina Spósito — Hebraico – DesOriente Um País (1998)





Filha de Oswaldo Machado dos Santos, advogado, e de Rosélia Maria de Almeida Machado, empresária, Marina estudou canto lírico e popular e passou a cantar informalmente desde o fim da adolescência.
A sua primeira participação como cantora profissional aconteceu em dois musicais, "Hollywood Bananas" e "Na Onda do Rádio". Paralelamente, entre 1992 e 1995, Marina mantinha com os músicos Podé e Maurinho Nastácia o trio "Zoombeedoo", que interpretava clássicos do rock nacional e internacional.
Fundou a Companhia Burlantins, onde concebeu e atuou em "O Homem da Gravata Florida". Em 1998, lançou, ao lado de Regina Spósito, o CD "Desoriente um País", resultado do show "Hebraico", no qual as cantoras interpretavam músicas em hebraico e iídiche.
Em 1999, foi convidada para participar do show de Hermeto Pascoal, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e também por Milton Nascimento para se apresentar em algumas datas da turnê do disco "Crooner". Com o CD "Baile das Pulgas", ganhou o Troféu Pró-Música de melhor CD gravado em 1999 em Minas Gerais. Em 2000, chegou ao quarto lugar do Visa.
Produziu o CD-demo "Candombe da Serra do Cipó", música de raízes afro-brasileiras que exerceu grande influência no trabalho da cantora. Os registros de Marina Machado rederam ao Candombe a sua inclusão na Cartografia Musical Brasileira do Itaú Cultural.
Já gravou faixas em CDs de Tavinho Moura, ao lado do Skank, no "Liliputz" do grupo Armatrux, em "O Poder Mágico" de Telo Borges, no "Livramento", de Flávio Henrique e Chico Amaral, e uma versão reggae para a canção "Amor de Índio", de Ronaldo Bastos e Beto Guedes. Cantou no especial de Lô Borges para a DirecTV. Em 2002, Marina foi eleita a melhor cantora de Minas Gerais e foi convidada a cantar quatro músicas no CD "Pietá", de Milton Nascimento.
O CD "Tempo Quente", lançado em 2008, pode ser considerado um divisor de águas em sua carreira, uma vez que se trata de seu primeiro CD solo sob um selo de gravadora: "Nascimento", de seu padrinho Milton Nascimento, que inclusive participou de uma canção do CD, "Discovery". Outros artistas que contribuíram com faixas nesse disco foram Samuel Rosa, em "Grilos", e Seu Jorge, em "Otimismo". A música "Grilos", do Roberto Carlos e Erasmo Carlos, teve uma grande repercussão, chegando a ser incluída na novela da Rede Globo "Três Irmãs".
No dia 25 de Julho de 2010 Cantou no PedRock, um festival de musica que acontece em Pedralva - Minas Gerais.



01.: Eretz Zavat Chalav
02.: Shein vi di l'vone
03.: Mocher há prachim
04.: Shnei orot Balail
05.: Shibolet Basade
06.: Ma ata roe
07.: Shlosha Iamim
08.: Abi Gezunt
09.: Hora hora
10.: Vioch tioch tioch
11.: Im Ni'nalu
12.: Mizmor laila
13.: Romenie, romenie

Vander Lee — Loa (2014)

Mensagem 
Loa é o oitavo disco de Vander Lee. A turnê “Loa” pretende percorrer o Brasil ao mesmo tempo em que propõe um novo olhar sobre a contribuição de Vander Lee para a música brasileira. Seu olhar poético e original, sempre voltado para o cotidiano e temas relacionados como o amor, futebol e recortes urbanos coloca Vander Lee como um dos compositores mais inspirados da atual cena musical brasileira. Com 15 anos completos de carreira, suas composições já foram gravadas por artistas como Elza Soares, Fabio Junior, Gal Costa, Leila Pinheiro, Alcione, Maria Bethânia, Elza Soares, Emilinha Borba, Elba Ramalho, Regina Souza, Rita Ribeiro, Luiza Possi e Lokua Kanza.




Vander Lee — Loa (2014)


01.: Saudade do Infinito
02.: Procissão de Um Homem Só
03.: Sempre Cedo
04.: Tu
05.: Abc
06.: Vinho
07.: Retrato da Vida
08.: Prece Preciosa
09.: Menino
10.: Seu Rei
11.: Siga em Paz
12.: A Vida É Bela
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domingo, 12 de outubro de 2014

REGINA SOUZA (SPÓSITO) - OUTONOS

Lançado em 2008, só que com circulação restrita ao circuito mineiro, o segundo disco de Regina Souza, Outonos, está sendo reeditado - em âmbito nacional - pela Biscoito Fino. Nascida em Belo Horizonte, Souza iniciou sua carreira na (vasta) cena das Geraes com o nome de Regina Spósito. Ela é mulher de Vander Lee, que lhe cedeu a música Desfeito, além de ser parceiro em O Atendente, Quem Sou Eu e na faixa-título (esta com adesão de Lokua Kanza). A cantora se revela letrista em seis das 12 faixas de Outonos. Com Zeca Baleiro, Souza assina Aflora a Flor. Produzido por Rodrigo Campello, o CD inclui regravações dos repertórios de Jorge Ben Jor (a desconhecida Se Você Quiser mas sem Bronquear) e do grupo Cidade Negra (A Estrada). Chico Amaral é o autor de Fado. Já Affonsinho é parceiro na faixa À Toa.

Regina Souza – Outonos (2010)

Quando pensei em fazer esse disco, mergulhei fundo em várias questões pessoais e artísticas. Até porque, alguns anos se passaram desde que lancei meu primeiro CD, “Regina Spósito”. Como dizia minha avó, “na hora a hora chega”, senti que tinha chegado a hora de apresentar um novo trabalho.

Pensei no Rodrigo Campello como produtor, mas não o conhecia. O Tim Rescala fez a ponte pra mim, a Raquel Hallak resolveu as questões de produção e no final de 2005 fui ao Rio pra gente se conhecer.
Tudo certo, marcamos de começar em março de 2006.

No meu segundo encontro com o Rodrigo levei algumas músicas, mas também composições que tinha feito com o Vander Lee. Minha proposta tinha mudado um pouco e o Rodrigo brincou “se o caminho é esse, vamos relaxar com o prazo. Tem disco que é assim, tem disco que é assado”.
E o nosso ficou assim assado. Eu levando as parcerias que fazia e músicas que pedi para alguns amigos e o Rodrigo fazendo lindos arranjos para as canções.

“A estrada” eu cantava há muito tempo nos meus shows. “Se você quiser mais sem bronquear” eu conheci quando fazia uma pesquisa de repertório para o meu primeiro disco. Mas acho que as primeiras canções que levei foram “Desfeito”, “Fado” e “O atendente”.
E foi assim durante toda a produção. Música por música. Uma história com cada “parceiro”: meu marido Vander Lee e meus amigos Flávio Henrique, Affonsinho, Zeca Baleiro e Lokua Kanza. Sérgio Pererê e o seu jeito simples e profundo de falar da vida, e Paulinho Moska, que gentilmente adaptou pra mim a sua versão para “Depois que te perdí”, do Kevin Johansen.

Dois anos depois concluimos as gravações, com a participação de músicos extraordinários. Rodrigo já havia feito toda a pré-produção, tocado vários instrumentos, feito os arranjos e as programações. Depois veio o Marcos Suzano. Sempre o admirei e foi uma alegria conhecê-lo. O Carlos Malta já havia participado do meu primeiro CD e, sendo sua fã, não imaginava o disco sem a sua participação. O Lui Coimbra fez todo o sentido em “Quem sou eu”. Aquela rabeca é o som que me lembra Bocaiúva, norte de Minas, de onde veio minha família Souza. Tiveram meus amigos Juarez, Lincoln e Fiúza. Estava em casa.

O Marcos Nimrichter, que levou a musete para o estúdio. Mesmo antes de ter um repertório eu sonhava com aquele som no disco. O Jr.Tostoi, que eu encontrava no MiniStereo, temperou “Eu e você” com suas guitarras, e ainda o Krassic, Everson, Jovi, Bodão, Ronaldo Diamante e Artur Dutra que conheci no estúdio e foram muito bacanas.

Gravei as vozes na Bemol. Babaya fez as vezes de cupido na participação do Vander Lee. Um dia, gravando “Mais samba e menos lágrimas”, ela deu a idéia de o Vander Lee cantar um pouco comigo, pra me soltar um pouco mais na música, e aí ... é claro, ficou pra sempre. Também a nossa filha Clara foi ao estúdio e ficamos cantando “Quem sou eu”, de brincadeirinha, mas bem que eu queria ter sua voz no disco... Na mixagem o Rodrigo me fez a surpresa: sua vozinha estava lá! Também chamei minha irmã Tereza e minhas amigas Marina, Celinha, Lú e Babaya para fazer o coro de “Mais samba...”, um coro afetivo!

De volta ao Rio, quando já estávamos quase terminando a mixagem do disco, chega a voz do Lokua Kanza, que gravou de longe, um sonho de participação para a nossa “Outonos”!
Ainda tinha muito chão pela frente. Mas dei muita sorte. Desde o início, até o CD ficar pronto, trabalhei com gente muito bacana. Minha gratidão a cada pessoa que participou dessa produção!
E foi mais ou menos assim que esse disco nasceu. Agora chegou a hora dele ir pro mundo. Então, apresento à vocês, “Outonos”.

01 - Eu e Você – Flávio Henrique e Regina souza
02 - Se você quiser mas sem Bronquear – Jorge Benjor
03 - A Estrada – Toni Garrido, Lazão, Da Gama
04 - Desde que te Perdi – Kevin Johansen / versão Moska
05 - Outonos – Lokua Kanza, Vander Lee e Regina Souza
06 - Fado – Chico Amaral
07 - O Atendente – Vander Lee e Regina Souza
08 - Afora a Flor – zeca Baleiro e Regina souza
09 - Desfeito – Vander Lee
10 - À toa – Affonsinho e Regina Souza
11 - Quem sou Eu – Vander Lee e Regina Souza
12 - Mais Samba e menos Lágrimas – Sérgio Pererê

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CANTO SAGRADO DA TERRA - REGINA SOUZA - OUTONOS.rar

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Milton Nascimento, Mercedes Sosa e Leon Gieco - Corazón Americano (REPOST A PEDIDO)


O ano é 1984. O continente vivia a euforia da volta à democracia. No início do ano, Mercedes Sosa lançava um álbum e uma indagação: ¿Será Posible el Sur?. O disco foi uma mistura de cantos de esperança, ritmos folclóricos e canto latino-americano. Só este álbum já seria suficiente. Mas o ano termina com um concerto, gravado ao vivo, no Estádio Obras, Corazón Americano. O evento, que levou uma multidão de pessoas ao estádio, marcou o encontro de três grandes nomes da música latino-americana: Mercedes Sosa, Milton Nascimento e León Gieco.



CORAZÓN AMERICANO
MERCEDES SOSA/MILTON NASCIMENTO/LEÓN GIECO
GRABADO EN VIVO
ESTÁDIO VÉLEZ SARSFIELD
BUENOS AIRES
ARGENTINA
1984

Lado A
01 – Rio de Lãs Penas – Leon Gieco, Mercedes Sosa, Gustavo Santaolalla
02 – Canción Para Carito – Leon Gieco
03 – Volver A Los 17 – Mercedes Sosa, Leon Gieco e Milton Nascimento
04 – Circo Marimbondo – Milton Nascimento
05 – Casamento de Negros – Leon Gieco e Milton Nascimento
06 – Cio da Terra – Mercedes Sosa e Milton Nascimento

Lado B
01 – Cio da Terra – Mercedes Sosa
02 – Sueño Com Serpientes – Mercedes Sosa e Milton Nascimento
03 – San Vicente – Mercedes Sosa e Milton Nascimento
04 – Cuando Tenga La Tierra – Mercedes Sosa
05 – Solo Lépido a Dios – Mercedes Sosa e Leon Gieco
06 – Corazon de Estudiante – Leon Gieco, Mercedes Sosa e Milton Nascimento

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DIAPASÃO - AO VIVO







Em 2011 lançou seu segundo disco, “Ao vivo”, gravado em outubro de 2010 na Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e depois mixado e masterizado no Estúdio Engenho. André Tavares garantiu um ótimo nível de qualidade técnica do áudio oferecendo ao ouvinte um trabalho realizado com muita dedicação e carinho. Realizado de forma independente, o trabalho foi lançado em julho de 2011 no Savassi Festival 2011. O disco apresenta uma reunião de músicas inéditas de Rodrigo Lana, Leandro César, Alexandre Andrés e Gustavo Amaral, revelando trabalhos de composição individual e processos de criação coletiva. Conta com a participação especial de Ayran Nicodemo. O violinista imprime sua sonoridade nas faixas Ganesha e Balãozinho. Os arranjos privilegiam o grupo, e a pluralidade de cada instrumentista, Bateria, Marimba de Vidro, Piano, Violão, Bandolim, Percussão, Baixo e Flautas criam uma paleta de cores que pintam no tempo uma música de infinitas possibilidades.

Diapasão é um grupo de música instrumental de sonoridade singular. A musicalidade brasileira está fortemente presente e a liberdade criativa de cada um dos músicos componentes gera uma mescla de texturas e cores harmônicas, melódicas e rítmicas, produzindo sensações que vão da euforia à introspecção, da paz serena à caótica agitação, do jazz ao progressivo. Composto por Alexandre Andrés (Flautas), Rodrigo Lana (Piano), Gustavo Amaral (Baixo e bandolim), Adriano Goyatá (Bateria e Marimba de vidro) e Leandro César (Violão, bandolim e outros) o grupo e se uniu para criar coletivamente uma música instrumental sem rótulos. Com idéias, sentimentos e técnica, seus integrantes produzem uma música contemporânea e autêntica, com arranjos sofisticados e liberdade de improvisação.

O grupo apesar de contar com 5 integrantes na sua formação prepara uma apresentação exclusiva de 4 integrantes para concorrer às possbilidades dos editais de circulação internacional do Música Minas e atuar nas feiras Pontevedra e Buenos Aires, uma vez que entende que sua música tem grande potencial para o mercado internacional.

Suas produções possuem influências que vão desde a música de Villa Lobos a elementos da música de culturas populares, como o Maracatu e Congado, escolas como o minimalismo, a música universal de Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, além da música mineira de ícones como Milton Nascimento e Toninho Horta. A utilização de instrumentos alternativos, construídos pelo integrante Leandro César, aliada aos instrumentos convencionais, traz um novo prisma de possibilidades para a criação da sonoridade do grupo, proporcionando ao ouvinte uma confluência de sensações e surpresas.

De Belo Horizonte - MG, em 2004, gravou seu primeiro álbum em 2005 intitulado Opus I, lançado em 2006 pelo selo carioca Masque Records. Em 2009, Alexandre Andrés foi vencedor do IX Prêmio BDMG Instrumental nas categorias Composição e Melhor Arranjo, acompanhado pelo grupo. Em 2010 gravou o EP Fogo no Balão, lançado e disponibilizado no site ww.grupodiapasao.com.br. O grupo já se apresentou em importantes palcos da música instrumental, como Jazz a La Calle – Uruguay, Mostra de Música Instrumental com Benjamim Taubkin, Savassi Jazz Festival - MG, Festa da Música - MG, Sesc Instrumental - SP, dentre outros.
Integrantes:
Rodrigo Lana - Piano
Leandro César - VIolão, Bandolim e plásticas sonoras
Alexandre Andrés - Flautas
Gustavo Amaral - Baixo e bandolim
Adriano Goyatá - Bateria e Marimba de Vidro 


Grupo Diapasão por Artur Andrés - Grupo UAKTI

 

Este é um daqueles raros momentos em que se podem sentir novos ventos musicais que sopram pelas montanhas de Minas. Isso não é algo corriqueiro, só acontece de tempos em tempos e de forma cíclica, com largos períodos de pausa e gestação. Desta vez, no epicentro dessa vertente musical, uma
nova geração de talentosos e bem preparados músicos e compositores desponta, expressando sua música tanto pela voz quanto pelos instrumentos. Nesse contexto, o grupo Diapasão surge como um dos mais promissores representantes da nova música instrumental mineira.

Quando conheci o trabalho do Diapasão, há alguns anos, ainda em sua formação de trio, não poderia supor que, pouco tempo depois, sua nova formação, com outros músicos, pudesse de tal forma ampliar o leque de sonoridades e colorido musical do grupo. Essa formação ampliada trouxe também uma maior diversidade de repertório para o grupo, já que todos os seus membros se dedicam, com muito talento e competência, à composição e ao arranjo. Aliando-se a isso, a improvisação é também um elemento importante na linguagem musical do Diapasão, que busca contrapor aos seus complexos e bem elaborados arranjos, momentos de liberdade e leveza, oriundos dessa forma livre de expressão musical.

Gravado ao vivo, na Sala Juvenal Dias - Palácio das Artes, o disco prima pela qualidade técnica de gravação e pela maturidade e competência musical desses cinco jovens e talentosos músicos que compõem o grupo Diapasão. Como ouvintes, beneficiados pelo registro desse magnífico encontro
musical, só podemos desejar a eles sucesso e energia para continuarem caminhando. E que muitos novos trabalhos possam vir como frutos dessa feliz parceria.

 01 – E Se o Mundo Fosse Assim – Rodrigo Lana
02 – À Flor de Maracujá – Leandro César
03 – Menino – Alexandre Andrés
04 – Floresta – Alexandre Andrés
05 – Talvez Um Filho – Gustavo Amaral
06 – Lunar – Rodrigo Lana
07 – Ganesha – Alexandre Andrés
08 – Arrebol – Leandro César
09 – Balãozinho – Gustavo Amaral

BAIXE ESSE CANTO SAGRADO:
 (2011) Diapasão - Diapasão - CANTO SAGRADO DA TERRA 2.rar