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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Meus caros.
Por um problema que então ainda não conseguir resolver por não saber a causa,
os links das postagens de João Mendes Rio e Telo Borges terão que ser copiados
e colados na barra do navegador e terá acesso ao link do mega.
Já tentei varias formas no blogger mas não encontrei resultados e é somente na
hora de renomear o link "canto sagrado".
Bom espero que todos entenda até que se resolva.
Obrigado


TELO BORGES - BOM SINAL




01 – Pra Ver Você – Tello Briges e Moisés Di Souza
02 – Tempo Não Espera – Tello Borges e Antenor Pimenta
03 – Tesouros do Coração – Tello Borges e Solange Borges
04 – Bom Sinal – Tello Borges e Márcio Borges
05 – Meu Amor Por Você – Tello Borges
06 – O Que Você Deixou Pra Mim – Tello Borges
07 – Começo das Asas – Tello Borges e César Maurício
08 – Monsueto – Tello Borges e Antenor Pimenta
09 – Floração – Tello Borges e Antenor Pimenta
10 – Tempestade – Tello Borges
11 – Calça Na Mão – Tello Borges
12 – Sentido da Vida – Tello Borges    
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
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COPIE E COLE NO NAVEGADOR
https://mega.nz/#!xM9gyZzA!_iVMqSJrx01uCZyv2PQeqHQj7iqePKFs6JHu6jelD-U

domingo, 27 de agosto de 2017

PELAS TRIA E ISTRADINHAS DE MINAS


DELICIAS DE MINAS


FEIJÃO BRANCO COM LOMBINHO DE PORCO

BELMIRO BRAGA
Montanhas e iguarias
A natureza comanda o espetáculo em todas as direções da Serra da Mantiqueira. Da Zona da Mata ao Sul de Minas, montanhas cobertas de florestas, rios que cortam vales e cachoeiras no meio do mato deslumbram os viajantes. E se conduz a tanta beleza, o maciço leva também às boas cozinhas, das quais brotam tortas doces e salgadas, empadões cremosos, sobremesas elaboradas, bolinhos crocantes e até pirulitos com sabor de infância. A viagem começa em Belmiro Braga, a 295 quilômetros de Belo Horizonte, onde o bar e restaurante Casarão, na Rua Nicolau Cappelle, 47, Centro, serve suculento feijão branco com filezinho de porco, especialidade da proprietária, Silvana do Carmo Costa. Entusiasmada com o prato e atenciosa com os clientes, ela cuida de todas as etapas e mostra tempero de primeira. “Adoro cozinhar e ter um restaurante sempre foi meu grande sonho. Mas queria fazer a comida, e não apenas dirigir o estabelecimento”, conta Silvana, enquanto traz à mesa o alimento que desperta elogios de imediato. Numa brincadeira, ela diz que trocou “o lar pelo bar”, e está muito feliz com as novas tarefas, que ganham permanente apoio do marido, César, e do filho, Sérgio. 

4 filés de lombinho de porco (total de 1 kg), cortados em rodelas
 500 g de lingüiça de porco, cortada em rodelas
 300 g de bacon, sem pele, picadinho
 3 cebolas médias, raladas
 1 kg de feijão branco
 Sal, alho, louro e pimenta-do-reino a gosto
 1 kg de cenoura, em rodelas
 4 litros de água (2,5 l para o feijão e 1,5 l para a cenoura)

Como fazer Feijão branco com filezinho de porco
Fritar o bacon, a cebola e a lingüiça. Reservar. Em outra panela, refogar os filezinhos, com sal, alho e pimenta-do-reino, pingando água até ficar dourado e macio. Reservar. Na panela de pressão, cozinhar o feijão em 2,5 litros de água. Reservar. Cozinhar a cenoura, em 1,5 litro de água – em ambos os casos, não é preciso escorrer a água depois do cozimento. Juntar o bacon, a cebola, a lingüiça, o filezinho, o feijão e o louro, deixando ferver até engrossar. Servir com arroz branco e laranja-pêra fatiada.
Receita fornecida por Silvana do Carmo Costa,
de Belmiro Braga: (32) 3284-1266

sábado, 26 de agosto de 2017

JOÃO MENDES RIO - COLETÂNEA - (EXCLUS. CSDT)


Rio faz parte do nome do artista, mas não só. A estética sonora da água em curso tranquilo, escorrendo por pedras limpas num cenário completamente natural, está no cerne do trabalho do paulista radicado Capitólio (furnas) em Minas Gerais João Mendes Rio. João Mendes é capaz de transportar o ouvinte  para dentro de uma floresta de sons calmos e terapêuticos. Os próprios títulos dos quatro álbuns de João reforçam essa ideia: Terra (2006), Das Águas (2006), Caminho de Rio (2010) e Encontro das Águas (2016).
João Mendes em seus discos tem as  participações  de grandes nomes como o mestre Dercio Marques, João Arruda entre outros.


– Sou uma pessoa que vive na natureza, vivo numa comunidade em Capitólio, Minas Gerais. Então, saio de lá como que se na minha música estivesse um pouco dessa natureza, dessas águas, dos rios, dos verdes .

João não gosta de ideia de um show onde palco e plateia sejam lugares distintos. Para ele, apresentar-se está intrinsecamente ligado à ideia de compartilhamento de sensações. Por isso, o artista acredita que o formato lúdico das rodas e cirandas combina mais com seu trabalho.

– Faço o trabalho de show, mas nos lugares que eu vou, tento também fazer a roda de cura. Com elas, aprendi a chegar mais no público, aprendi a importância de não ficar só na coisa do artista no palco e o público separado. Às vezes, convido as pessoas a respirar, se concentrar, a estar presente, para que a música chegue melhor nelas – justifica.

As rodas de cura, aliás, representam parte importante do trabalho do músico, que viaja o Brasil mostrando às pessoas o poder terapêutico da música. Pensando nisso, ele idealizou ainda o projeto Renassência Musical. A iniciativa dosa pitadas holísticas, artísticas e terapêuticas, tríade super presente na obra de João.

– Tenho um trabalho focado no autoconhecimento, natureza e compromisso com o despertar de coisas profundas, de curas. Também tem uma interação de chamar o público para cantar – adianta.

A poesia é outro elemento fundamental dentro do processo de criação do músico. As letras das canções acompanham a positividade do som. Nas músicas, João fala da relação do homem com a natureza de forma emocionada. Em Pedra Branca, por exemplo, ele canta: tiver um cheiro de cachoeiras e um gosto de terra milenar/tiver a forma de paz mineira e o vento vem assoviar/é a nossa voz que vem desse vale.
Siliane Vieira

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terça-feira, 22 de agosto de 2017

JUCILENE BUOSI - UM RETRATO (EXCLUS. CSDT)


A cantora e atriz  Jucilene Buosi, radicada desde os 15 anos no Sul de Minas Gerais, é entusiasta e representante da cultura do Sul das Minas Gerais.
Lançou o segundo CD – Um retrato, em que canta seus compositores – foi acompanhada por músicos do primeiro time da música brasileira – revelando a maturidade vocal e artística alcançada pela intérprete. Atriz e cantora, atuou em grupos de teatro experimental, corais cênicos, óperas e espetáculos musicais. Gravou em 2007 a trilha sonora do monólogo musical – 1984 – Uma leitura musical. Baseado na obra de George Orwell, com trilha sonora e roteiro de Wolf Borges (seu esposo) sob a direção do coreógrafo Tuca Pinheiro. Com o monólogo apresentou-se em diversas cidades brasileiras e em universidades, desenvolvendo um projeto integrado de arte e educação. “1984” foi transmitido pela TV Cultura/Rede Minas em sua apresentação no Museu da Pampulha, em Belo Horizonte. Em 2010/2011 foi premiada no Projeto Rumos (Fundação Itaú Cultural, SP). Em 2009 foi premiada no projeto Cantoras Daqui (BDMG Cultural, Belo Horizonte). Em 2006 foi semifinalista do Concurso Internacional de Canto Lírico Bidu Sayão (Belém – PA). Em 2001/2002 foi bolsista da Fundação Vitae – SP, desenvolvendo extenso projeto de estudo de interpretação cênica e técnica vocal voltado à ópera, com o soprano Neyde Thomas (Curitiba – PR).
No segundo CD revela suas origens e referências musicais em performances vocais colocadas a serviço da canção. Para tanto, escolheu compositores sulmineiros e regravações de Milton Nascimento, Joyce, Fátima Guedes, Alceu Valença e do grupo inglês Renaiscense, com elaborados arranjos acústicos.  O álbum, gravado no Estúdio Visom, no Rio de Janeiro, teve arranjos e pianos de Ravi Kefi, cello de Lui Coimbra, sax tenor e soprano de Widor Santiago, percussões de Marco Lobo, violino de Gustavo Fechus, violão de Elder Costa e participações vocais de Wolf Borges e Carlos Lara, numa produção de Marcello Dalla e direção artística de Wolf Borges.  Segue abaixo entrevista exclusiva de Jucilene Buosi para awww.ritmomelodia.mus.br em 01/08/2012:
1-) Ritmo Melodia – Qual sua data de nascimento e sua cidade natal?
Jucilene Buosi – Eu nasci em 28/12/1970. Sou Capricórnio com ascendente em Capricórnio, Sol, Lua e Mercúrio em Capricórnio (isso já diz quase tudo, risos). Nasci em Jundiaí – São Paulo, em um momento em que a cidade estava às voltas com uma forte industrialização – a cidade respirava autofornos. Hoje moro em Poços de Caldas, Sul de Minas Gerais.
2-) RM – Fale do seu primeiro contato com a música?
Jucilene Buosi – Minha infância e parte da adolescência musical foram bastante caóticas. Meus irmãos estudavam piano e meus pais não tinham o hábito de comprar discos, ou tinham muito poucos de Roberto Carlos, e por aí vai. Estamos falando dos anos 80, Rock Brasil, invasão da pior da música americana nas FMs. Então eu tinha duas escolhas: Bach, Mozart, Beethoven na sala ou uma FM sofrível no quarto. Até que, aos 15 anosminha família mudou-se para o Sul de Minas, Pouso Alegre. Lá fui surpreendida com um panorama bem diferente – os adolescentes viviam com violão nas costas, com um caderninho de poesias e não tinham nenhum pejo em mostrar suas canções para os amigos. E elas eram muito boas! Travei conhecimento com Clube da Esquina, Milton Nascimento, Caetano, Gilberto Gil, Toninho Horta e com tudo o mais que os jovens ouviam por aqui. Claro, não era só céu de brigadeiro, mas tinha muita música de qualidade. Isso me assombrou e, aos poucos, eu fui tecendo um paralelo entre Milton Nascimento e Debussy, por exemplo, e verificando o quanto a música mineira era sofisticada. As serenatas eram de um lirismo e qualidade musical impressionante. E tinham os grupos regionais que amealhavam plateias com músicas desconhecidas (para mim) que eram cantadas por todo o público (poxa!). Não estou falando de 50 anos atrás, gente, estou falando de 20 anos atrás, no máximo.
3-) RM – Qual sua formação musical e acadêmica fora música?
Jucilene Buosi – Também em Pouso Alegre, para ambientar os filhos, meus pais nos colocaram no Conservatório Musical, outra joia. Mas meu estudo de música não vingou, porque eu não era ligada no estudo de piano e não fui estimulada pela família a estudar outro instrumento. Sempre cantei, mas também não me achei neste momento como cantora. Fui trabalhar, muito cedo, em uma empresa grande, na administração e, muito cedo, me vi cheia de responsabilidades. Daí a entrar na Faculdade de Administração de Empresas foi quase que natural. Formei-me, continuei trabalhando em empresas de pequeno, médio, grande porte, multinacionais. E comecei a dar aulas em cursos técnicos e superiores – enfim, trilhei uma estrada considerável como Administradora.
Quando estava num ritmo muito intenso de trabalho, como professora, fui surpreendida por dores musculares e a tal “fibromialgia” ainda não havia sido diagnosticada. Daí foi difícil sair dessa, pulava de médico em médico, de tratamento em tratamento até inviabilizar totalmente meu trabalho. O conselho do médico era para que eu arrumasse outra coisa pra fazer porque eu não voltaria mais ao trabalho. Seguiu-se um breve luto pela carreira perdida. Nesta época eu já era casada e estava às voltas com um curso de Canto Lírico, para ocupar minhas horas vagas com um hobbie. E meu marido, que é muito positivo, sugeriu que eu fizesse curso superior de música já que eu estava impossibilitada de trabalhar. Seguir o conselho dele não foi nenhum sacrifício. Logo em seguida participei de um Concurso da extinta Fundação Vitae – você mandava um vídeo defendendo um repertório pré-determinado por eles (dificílimo) e o ganhador do concurso tinha como prêmio viabilizar seu projeto de estudo. Uau! Escolhi fazer um curso livre, com uma professora de Técnica Vocal voltada à Ópera, em Curitiba – PRNeyde Thomas era a melhor especialista do Brasil. A bolsa era de um ano, mas eu fui “adotada” por uma família paulista que morava em Curitiba-PR e pude economizar em hotel, alimentação e estender a bolsa por dois anos. Aí foi um caminho sem volta. Firmei-me como cantora. E ganhei a confiança que me faltava com o uso da técnica. Tornei-me professora de canto, atividade que eu adoro, mas hoje não consigo mais manter uma agenda de alunos por causa do excesso de viagens e envolvimento com nossos projetos musicais. Posso dizer que consegui transformar minha tragédia pessoal em minha bênção pessoal.
4-) RM – Quais suas influências musicais no passado e no presente? Quais deixaram de ter importância?
Jucilene Buosi – São tantas. De A (de Amadeus Mozart) a Z (de Zé Ramalho). A música erudita sem dúvida me fez ser mais exigente na escuta, mas tem também o experimentalismo, que alegra meus dias e me faz ser mais acessível a tendências modernas. Esse trânsito entre o popular e o erudito que permeou minha escuta e meu estudo musical, me faz escutar tudo com mais atenção. Os eternos cavalheiros do Clube da Esquina me “obrigam” a cantar, praticamente. Hoje em dia ando às voltas com a música da minha região. Tanto o resgate da música, que fez parte da minha adolescência, quanto os novos compositores são bem vindos. Em meu CD – Um retrato, por exemplo, são 9 músicas de sulmineiros (2 de Milton Nascimento, que é nosso, sulmineiro, tá?). Então são 7 compositores (ou parcerias) desconhecidas, de qualidade incontestável, que poderiam estar no cenário do melhor da música brasileira, com a mais absoluta certeza. Ah… e sobre quem deixou de ter importância… bem difícil dizer – se você deixou-se tocar por uma canção em algum momento da sua vida ela fica amalgamada na sua história, mesmo que hoje ela lhe pareça “de gosto duvidoso”, faz parte de quem você é!
5-) RM – Quando, como e onde  você começou sua carreira profissional?
Jucilene Buosi – Como já disse pra vocês, eu comecei a cantar pela dor. Mas faltou dizer que fui muito estimulada pelo meu parceiro musical, marido e meu maior crítico (como ele é exigente, meu Deus): Wolf Borges (cantor e compositor sulmineiro) decidiu encarar a música como profissão uns 10 anos antes que eu começasse a cantar. Acompanhei o trabalho dele com vários músicos queridos pela noite, em shows. Profissionalmente falando, a música me chegou de mansinho. Era uma participação no show do Wolf hoje, outra amanhã, até que quando terminei a Faculdade e a experiência maravilhosa com o canto lírico, senti necessidade de registrar minha música, fazer um portfólio, ou ainda, um cartão de visitas de músico – um CD. Era 2006. Eu e Wolfnos juntamos no esforço de tentar pensar em um repertório que pudesse explorar minha voz e tudo aquilo que eu tinha vivido com o estudo da técnica. Bem difícil! Gravar música erudita (digo do cantor lírico) no Brasil é condenar-se a ser muito criticado e a vender seu trabalho para a família, com sorte. No Brasil as pessoas acham que para cantar música erudita você precisa não gostar de música popular. Não sei, acham que uma técnica não pode conviver com a outra. Mas voltemos ao CD. Depois de muito pensar, tivemos a ideia de gravar, então, um musical! E como ideia pouca é bobagem, pensamos também num musical inédito, de autoria de Wolf e assim fazermos nosso primeiro trabalho juntos. A escolha do tema, por incrível que pareça, foi fácil! Pensamos quase ao mesmo tempo no livro que amamos: “1984”, de George Orwell, que escreveu em 1948 um romance que previa um futuro manipulado por telas de televisão (teletelas) comandado por um poder central, chamado Big Brother (qualquer semelhança não é mera coincidência). Escolhemos os momentos do livro que poderiam ser musicados e o Wolf compôs as canções – não é uma citação literal, é uma leitura musical livre.  E recursos? A partir daí começamos a entender e a buscar as leis de incentivo, que até hoje é o que viabiliza nosso trabalho. Gravamos o CD e depois? Ele já nasceu musical, tínhamos que montá-lo cenicamente. E como tudo conspira a favor quando a gente se põe em movimento, tivemos a primorosa direção do bailarino e coreógrafo Tuca Pinheiro (de Belo Horizonte), que ainda juntou ao monólogo o recurso da vídeo-dança que dialogava com a personagem. Com este trabalho andamos por Minas Gerais por um ano, mas ainda não tínhamos nos convencido do seu formato. Foi quando decidimos levar o projeto para universidades, incluindo debates por pensadores, filósofos e professores sobre os temas abordados. Aí foram três anos de interatividade com o público jovem com o qual eu já havia me afeiçoado durante minha experiência como professora. Juntar todos esses universos paralelos foi um resgate de toda a minha vida profissional.
6-) RM – Quantos CDs lançados (quais os músicos que participaram nas gravações)? Qual o perfil musical de cada CD? E quais as músicas que se destacaram em cada CD?
Jucilene Buosi – O primeiro CD – 1984, Uma leitura musical, se parece, digamos, com uma ópera rock. Nele utilizamos formação de banda (baixo, bateria, guitarras e piano) e ainda quarteto de cordas. As canções podem ser apreciadas independentemente do musical – elas têm vida própria. Neste CD tenho o orgulho de contar com a participação de duas pessoas maravilhosas cantando ao meu lado: o cantor e compositor mineiro Sérgio Santos e a “diva” Maria Alcina.
Esta história com a Maria Alcina eu tenho que contar… Quando eu era pequena (e todos nós, tenho certeza) meus pais assistiam ao Programa Silvio Santos (claro) e tinham certos pudores quanto à Maria Alcina por causa dos excessos e pela espontaneidade (não muito comum naqueles tempos). Mas ela era meu ídolo. Quando ela raspou a sobrancelha minha mãe correu esconder as giletes de casa, já antevendo uma tragédia. Quando o Wolf me mostrou a música que retratava o Grande Irmão (e era um tango muito apimentado) nós novamente tivemos juntos o insight de chamar a Maria Alcina para uma participação especial. Onde achar Maria Alcina? Não importa, vamos lá, procurar. Não foi difícil encontrá-la e nem mesmo convidá-la. Ela ouviu a música e disse: “mas essa música foi feita pra mim”. No dia da gravação seguimos para São Paulo, Wolf e eu – totalmente emocionada. Alcina chegou de legging, sem maquiagem, mas totalmente, completamente Maria Alcina, da cabeça aos pés. Cantou chorando, emocionada com a música. E dias antes no mesmo estúdio havia gravado ninguém mais, ninguém menos que Cauby Peixoto. O lugar transpirava os meus ídolos da infância. No caminho do restaurante, depois da gravação, Alcina me presenteou com uma braçada de rosas gigantes vermelhas… choro até agora de me lembrar… Voltando…
O segundo CD nasceu no ano passado, e já com uma responsabilidade muito grande – o primeiro CD já era uma proposta bastante ousada e este novo precisaria ser também um acontecimento (pelo menos para mim). A escolha de repertório foi uma luta! Wolf me apresentou mais de 100 canções que ele achava que “ia ficar legal na sua voz”… Uma por uma eu descartava. Aí resolvi me voltar pro nossos quintais, valorizar o que é nosso (acho até que um movimento que tem acontecido com frequência cada vez maior, graças a Deus). Abri meu baú anímico e fui procurar o que me emocionava daquilo tudo que vivi aqui no Sul de Minas. Lembrei-me de um tango, Eles procuram um amor, que cantei num festival, quando ainda não era profissional, de dois sulmineiros (Omar Fontes Jr e Marcellus Salomon Bezerra), era em dueto com um amigo maravilhoso, Carlos Vitor Lara. A gente cantou no festival, ele fez “caras e bocas”, dançou o tango e tiveram que inventar um prêmio para a música mais comunicativa (enquanto os músicos amigos diziam que era mesmo a melhor música do festival, mas enfim). E continuei por aí… Quando tinha 15 anos e cantei no Coral do Amaury Vieira (grande regente e arranjador), ele tinha um arranjo vocal para Pedra de atiradeira (música que participou, mas não foi nem pra final do MPB Shell), deBinné Zimmer e João Ayres – aquilo me emocionava de um tanto e eu nunca tinha ouvido ninguém interpretá-la além do coral. Se outra paixão, de Elder Costa e Madhav Bechara é uma música do tipo – decifra-me ou eu te devoro – e eu levei tempo para decifrar e queria mostrar para todo mundo. Tem um xote mineiro (pode?), tem um forró mineiro (acredita?) e um rock progressivo mineiro (!) – tudo colhido aqui no quintal de casa. Aí, pra arrematar o repertório cedi à vontade imensa de fazer algumas releituras: do grupo Renaissence, trouxe Carpet of the sun; do genial Alceu Valença, subvertemos a ordem calma de Na primeira manhã e a transformamos num maracatu frenético – minha busca em cantar toda a dor que eu sentia escondida na canção. Fraqueza, de Fátima GuedesDuas ou três coisas, de Joyce, que gravei em homenagem ao meu filho. Mas ainda faltava um “figurinha carimbada”, aquela que todo mundo vai ficar feliz de ouvir regravada… uma fábula descobrir isso. Aí em certa altura alguém me disse: não me diz que você vai querer regravar Maria, Maria? E meu arranjador (caso a parte na história da música) respondeu: só se for sem letra! E assim foi! Versão sem palavras. Agora, havia um sonho de gravar com grandes músicos brasileiros que admiramos muito. E não é que um dia acordei dentro do Estúdio Visom (no Rio de Janeiro) ao lado de Lui Coimbra (cello), Marco Lobo (percussões) e Widor Santiago (sopros)?… Magistral! Ao piano o arranjador caso-a-parte-na-história-da-música, Ravi KefiRavi mora aqui em Poços de Caldas, em qualquer outro lugar do planeta, ele seria conhecido e reconhecido pelo que faz. Uma pessoa com uma capacidade de traduzir em arranjos o que a música e a letra dizem. Já tinha sido nosso arranjador também no CD – 1984.
7-) RM – Como você define seu estilo musical?
Jucilene Buosi – Eu não defino meu estilo musical. Não saberia. Eu me abro para o estilo e deixo-o entrar. Se for Bossa Nova, se for Jazz, se for Ópera. Vou procurar fazer da melhor forma possível e respeitar o estilo da música (é o mínimo que eu posso fazer por essa nossa cachacinha de todo dia).
RM – Como você se define como cantora/interprete?
Jucilene Buosi – Uma pessoa muito atenta à música, ao que ela veio e também ao seu criador. Uma canção bela, bem escrita, bem arranjada, não pode passar em branco. Meu trabalho é colorir, dar matizes, pintar as intenções de quem criou. Canto porque preciso!
9-) RM – Você estudou técnica vocal?
Jucilene Buosi – Muito. E com muito respeito a todos os estilos e a tudo que aprendi. Meus mestres foram os melhores do Brasil e tenho por eles um apreço profundo. Vale a pena você dar ao seu instrumento (no caso, à voz) uma polida, uma boa manutenção, um bom trato. Ainda mais se ele está dentro de você e coisas como trocar as cordas, alinhar as teclas, é impossível.
10 -) RM – Quais as cantoras que você admira?
Jucilene Buosi – Tá com tempo? (risos). É importante eu frisar para quem está lendo estas linhas, que a Ritmo Melodia me deixou a vontade pra contar minha história e eu não tive nem um pingo de pressa. Tem as divas do Jazz americano (todas) que me fascinam. Cantoras que mais assinam do que usam técnica também me fazem pensar na questão da personalidade vocal: Leny Andrade, Alcione, Gal Costa, Elza SoaresMaria Bethânia me toca pela sua profundidade. Leila Pinheiro pela “mania” de cantar só o que acredita. Fátima Guedes me toca por qualquer motivo. As divas dos anos 50, 60, 70 – o que direi de Maysa MatarazzoAdemilde Fonseca, Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso. E tem também as cantoras eruditas, que me ensinaram a disciplina, a entrega, para além da técnica: Cecilia Bartoli, Jessye Norman, entre muitas outras. Aliás, se é verdade que os ídolos não morrem, Elis Regina canta cada dia melhor!
11-) RM – Você compõe? Quem são seus parceiros musicais?
Jucilene Buosi – Pois é. Eu não componho! Mas escrevo bem. Acho que na verdade nunca coloquei foco na composição. Às vezes até sinto ímpetos de escrever, mas aí vou me esquivando, pensando em milhões de outras coisas pra fazer. Mas não sei se realmente tenho talento pra isso. Creio que se tivesse realmente o apelo da canção venceria.
12-) RM – Ser atriz ajuda o trabalho da intérprete de que forma?
Jucilene Buosi – Nossa, em tudo. Eu não canto uma música, eu interpreto uma música. O corpo vai junto e te ajuda a dar o recado. Você se deixa levar por aquilo que está cantando de maneira avassaladora. Se você não tiver uma voz celestial (como Milton Nascimento, por exemplo) vai precisar de todo o seu corpo pra dizer o que está cantando. Só divindades como Milton,são capazes de cantar parado e nos provocar uma inquietação tamanha.
13-) RM – Ser cantora ajuda o trabalho da atriz de que forma?
Jucilene Buosi – Eu sou uma cantora atriz e não uma atriz cantora (se é que isso é possível ser cindido desta forma). Mas não vejo muita diferença entre essas coisas não, enquanto atriz se precisar eu canto. Enquanto cantora se precisar eu atuo.
14-) RM – Como a técnica do canto lírico ajuda a cantora de música popular?
Jucilene Buosi – A gente pode até cantar sem técnica e se esta for a técnica, se a música pedir. Ou seja, o entendimento de onde a música pode chegar vocalmente dizendo é imenso para quem domina a técnica. Você pode cantar qualquer coisa, respeitando estilo, e dar a sua assinatura pessoal. Não vejo isso acontecendo com cantores que tem vozes muito pequenas – parece que todas as músicas são uma só e você não acrescenta nada na canção.
15-) RM – Como o canto popular ajuda a cantora Lírica?
Jucilene Buosi – Ajuda a ser mais leve. Ajuda a gente entender que caras, bocas, grandes gestos, uma grande técnica podem não representar nada se você não estiver inteiramente em comunhão com aquilo que está cantando. Os cantores eruditos em geral se preocupam muito mais com a performance do que com o que cantam. Passar pelo popular ajuda a gente a entender que, pra ser verdadeiro, não dá pra dividir as coisas, a gente tem que estar inteiro na canção. Onassis dizia que ópera é um bando de chefes de cozinha gritando a receita da pizza – vira isso se você não aprender a ser leve.
16-) RM – Quais os prós e contras de desenvolver uma carreira musical de forma independente?
Jucilene Buosi – Você é um órfão, está sozinho no mundo e tem que cuidar de tudo na sua vida. Não tem ninguém pra te ajudar quando fica doente, quando fica tristinho. Mas na maioria das vezes a gente está bem, né? Quer liberdade, quer fazer o que quer e mandar no seu próprio nariz. Aí entra o lado bom de ser independente. Mas você tem que entender o que é mais importante para você: esta liberdade ou a tutela. Às vezes pode ser que você goste de ser tutelado, e não se incomode em se submeter às regras de seu tutor.
17-) RM – Como você analisa o cenário musical brasileiro? Em sua opinião, quem foram as revelações musicais nas duas últimas décadas e quem permaneceu com obras consistentes e quem regrediu?
Jucilene Buosi – No cenário brasileiro não existe a possibilidade de ser tutelado fazendo o que quer. Nosso Big Brother (a mídia, o mercado, a moda), sabe exatamente de qual produto musical precisa para acionar o botão do consumo. E a roda do consumo é rápida, você tem que apresentar novidade o tempo inteiro. E, por isso, temos cem nomes de bons artistas esquecidos pelo meio do caminho. Ele fez um produto descartável e morreu de seu próprio veneno. O mercado fonográfico morreu de seu próprio veneno. Onde estão as grandes gravadoras, os grandes estúdios de gravação? Por outro lado, esta decadência do mercado fonográfico constituído da forma como era, abriu espaço para os artistas independentes, aí a vantagem, a grande sacada do momento. Hoje gravar um CD é mais democrático. Muita gente diz que o que aconteceu de novo nos últimos anos foi Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Milton Nascimento… “mas é você que ama o passado e que não vê”… E a mídia não deixa ninguém mais se revelar como antes. E assim ninguém conhece Mônica Salmaso, Lenine (só conhecem o que foi para novela), Sérgio Santos, Titane, Renato Motha, Ná Ozetti, Simone Guimarães, Badi Assad, Rita Ribeiro, Daúde, Ladston do Nascimento, é tanta gente boa. E a música instrumental se desenvolveu muito nos últimos anos! Quem regrediu? Eu já esqueci!
18-) RM – Qual ou quais os músicos já conhecidos do público que você tem como exemplo de profissionalismo e qualidade artística?
Jucilene Buosi – Alceu Valença, pela originalidade; Milton Nascimento, pelo canto e pela quantidade de composições que ele conseguiu imortalizar ainda em vida; Caetano Veloso, pela irreverência; Joyce, pela doçura da voz, pelas composições maravilhosas; Boca Livre, pelos arranjos vocais maravilhosos; Gilberto Gil, um Buda tropical.
19-) RM – Quais as situações mais inusitadas aconteceram na sua carreira musical?
Jucilene Buosi – As campeãs são as de sempre. Destaque para “vem cantar aqui pra divulgar o seu trabalho” e “são só quatro ou cinco musiquinhas”. Quem divulga minha música é um trabalho consistente de assessoria de imprensa que desenvolvemos eu e o Wolf com muito trabalho. Eu canto por dinheiro e não para divulgar meu trabalho. Pago minhas contas como todo mundo. Sabe quanto tempo eu me preparei pra cantar as tais quatro ou cinco musiquinhas? A vida inteira! Mas essas coisas acontecem com menos frequência ultimamente. A gente sempre se deu ao respeito, e sempre respeitamos nossos parceiros musicais.
20-) RM – O que lhe deixa mais feliz e mais triste na carreira musical?
Jucilene Buosi – Mais feliz é cantar! Mais triste é a batalha cada vez mais ferrenha por espaços culturais dispostos a receber trabalhos que não sejam consagrados pela mídia.
21-) RM – Nos apresente a cena musical da cidade que você mora?
Jucilene Buosi – Moro em Poços de Caldas – MG há três anos. Anteriormente morava em Pouso Alegre-MG. Mas o cenário é muito parecido. Muita gente de talento, carente de políticas públicas que deem incentivos ou até mesmo que protejam as manifestações culturais legítimas. Aqui em Poços, por exemplo, nosso congado quase se dilui em meio às barraquinhas de comércio, no meio da Festa de São Benedito, que foi criada pelo congado. E isso acontece em todo lugar. Santo de casa continua operando os milagres tímidos, mas poderosos, como o de guardar a cultura e as raízes locais. Mas também tem muita coisa boa, muitos músicos competentes e tudo por fazer, absolutamente tudo. Isso é desafiador.
22-) RM – Quais os cantores (as) ou/e bandas que você recomenda ouvir?
Jucilene Buosi – Ouça de tudo! Descarte o que não gosta! Mas ouça sem preconceito.
23-) RM – Você acredita que sua música tocará nas rádios sem o jabá?
Jucilene Buosi – Não. Quando entro em rádios aqui na minha região e vejo “campanhas” de duplas sertanejas e de cantores de axé music pregadas na parede definindo a hora e quantidade de entradas por dia, eu desanimo. Acho que vamos ter que desenvolver a nossa própria mídia, nossa própria forma de divulgar a música. Não podemos contar com a rádio, com raras e caras exceções, como as rádios educativas e algumas rádios públicas.
24-) RM – O que você diz para alguém que quer trilhar uma carreira musical?
Jucilene Buosi – Eu digo pra assistir a um vídeo de uma entrevista de Fernanda Montenegro (http://youtu.be/KMQzG1jpavU ). Fizeram a mesma pergunta a ela e ela disse qualquer coisa de sensacional. “Não comece”… E continua aconselhando que o sujeito vá fazer qualquer outra coisa, ser vendedor, bancário, cabeleireiro, qualquer coisa, e se sentir que vai morrer por não estar atuando, volte e faça teatro. Eu tentei ser outra coisa na vida, mas a música me chamou. Enfim, ouça o seu chamado, se ele for verdadeiro você vai sentir um desassossego tão grande que não vai conseguir não cantar. E, também, vejo que hoje em dia os jovens confiam no talento nato e acham estudar bobagem. Não é! Vá estudar, vá entender muito da sua arte, vai aprender com quem já fez. Outras pessoas já pensaram, já perderam tempo teorizando, estudando, escrevendo sobre o assunto e você acha que eles fizeram isso à toa? Vai estudar menino!
25-) RM – Quais os seus projetos futuros?
Jucilene Buosi – Por ordem alfabética ou salteada?(risos) Nós temos praticamente uma usina de ideias aqui em casa. É só dar o mote que a gente sai criando. Às vezes a ideia não é boa, não é consistente e acaba sendo esquecida. E ainda empreendemos um esforço de não ter muitas ideias, porque senão a gente morre de tristeza de não conseguir realizar. Mas vamos lá.
O importante é pôr foco quando você escolhe uma boa ideia e malhar nela. Estou ainda em turnê com o CD – Um retrato com uma banda formada só por mulheres: Lara Ziggiatti, primeiro violoncelo da sinfônica de Campinas-SP, que manda muito no popular; Eloá Gonçalves, compositora, arranjadora e pianista, caso raro no nosso time; Simone Sou, percussionista que trabalhou com ícones da música brasileira como Chico César e Itamar Assumpção. Enquanto isso eu cuido da produção executiva do novo CD do Wolf, um projeto muito arrojado que mistura a sonoridade da música norte americana e a mineira. Chama-se PDQJO Soul – paodequeijo music project. Neste novo trabalho do Wolf tenho participação bastante ativa e devemos entrar em turnê no segundo semestre. De agosto a novembro estarei à frente um projeto na cidade de Pouso Alegre, Santo de Casa, produzindo artistas locais que já tem trabalhos bastante consolidados – pensar globalmente e agir localmente. Isso é muito importante, mostrar nosso quintal pros nossos vizinhos, gostaria muito que esse projeto desse muito certo e ganhasse continuidade. Ainda morando no plano das ideias tenho a continuação do projeto 1984, com a gravação de um DVD e a gravação de um novo cd de resgate regional – mas nem quero pensar muito nisto agora.

*Disco indisponível para download a pedido do autor.
Acesse as plataformas digitais para ouvir.

domingo, 20 de agosto de 2017

DELICIAS DE MINAS



Nos últimos anos, Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, tornou-se um point, com restaurantes, pousadas, bares e festas.
Muitos torcem o nariz para a badalação. Dizem que o lugar perdeu a tranqüilidade, que o tornava diferente em termos turístico e gastronômico. Alguns moradores, cheios de sabedoria, conquistaram espaço em rotas privilegiadas, cheias de paz e num clima
bem familiar. É o caso de José Loreto, dono de um sítio na comunidade de Chapada, de onde se tem uma bela vista da serra de mesmo nome. Na cozinha sem sofisticação, mas bem aparelhada, Loreto faz um torresmo, que se tornou "celebridade". Tem a fama de light, por ficar bem crocante e sequinho. O tipo de corte inventado pelo sitiante surpreende e qualquer cristão jura que se trata de um camarãozinho. Apenas ilusão de ótica, porque o gosto é inconfundível. Acompanhamento perfeito para o feijão tropeiro. Conserva de alho, sem cheiro e sabores fortes, cachaça com arnica, abacaxi, carqueja, laranja, catuaba, mel, cana e
licores de frutas também agradam a todos os sentidos.

 2kg de toucinho
 Gordura ou óleo de soja

Como fazer
Corte o toucinho em tiras de mais ou menos dois centímetros de largura. Adicione o tempero - sal, alho, erva e outros - a gosto. Aqueça um pouco de gordura ou óleo em uma panela, coloque o toucinho temperado e mexa sempre para não agarrar. Vai dar água na panela, mas ela vai desaparecer e ficará só a gordura. Quando a pele começar a pururucar (estourar), retire a panela do fogo e deixe esfriar. Coloque o torresmo novamente na panela, junto com a gordura fria. Leve ao fogo e volte mexer até o ponto desejado. Ele pode ficar bem torradinho ou não, dependendo do gosto. Retire cada um com uma escumadeira e ponha para  escorrer. Deixe esfriar e sirva. Com 2 quilos dá para fazer duas porções bem generosas.
Receita fornecida por José Loreto, da Chapada,
Lavras Novas, Ouro Preto

LUIS SALGADO - NOITE E VIOLA (AUDIO DVD ) EXCLUS. CSDT


DVD Noite e Viola – Luiz Salgado

Este trabalho de Luiz Salgado mistura história e música e ainda mostra o jeito de ser e de compor do músico, compositor e cantador mineiro. “Busco, por meio da música, demonstrar a alma simples do povo do interior. Minha música trata de coisas simples e, ao mesmo tempo, relevantes. A preservação do Cerrado e de toda a fauna e a flora, assim como a cultura mineira e brasileira”, revela Salgado. O DVD foi gravado em 2007, em Cruzeiro dos Peixotos (MG).

LUIZ SALGADO
Luiz Salgado é mineiro de Patos de Minas morando atualmente em Araguarí- MG e suas composições são ligadas ao folclore, exaltando a biodiversidade e a cultura do povo do cerrado. Foi premiado em diversos festivais, como o Marolo de Ouro (1º lugar), em Paraguaçu (MG); o Festcol (1º lugar), em Colatina (MG); o Canto do Sol (1º lugar), em Pirapora (MG); e o Canções para Arteiros, do Itaú Cultural. Gravou os discos “Trem Bão” (2003), “Sina de Cantadô” (2008), “Navegantes” (2012) e “2 Mares” (2013), além do DVD “Noite e Viola” (2010). Em 2011, iniciou o Projeto 4 Cantos, com os amigos violeiros cantadores Cláudio Lacerda, Rodrigo Zanc e Wilson Teixeira. Ano passado lançou o  CD “Quanto mais meus óio chora, mais o mar quebra na praia” postado com exclusividade aqui no blog.



01 - Noite e Viola - Luiz Salgado
02 - Folia de Reis - Luiz Salgado
03 - Pau de atiradeira - Papalo Monteiro
04 - Rio - Luiz Salgado -
05 - Que nem eu - Luís Dillah
06 - Resistência - Luiz Salgado
07 - Bênção Divina - Luiz Salgado

Recomendadíssimo !!! 
Ripei o áudio do DVD com qualidade 320kbps.
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CANTO SAGRADO

CHICO MOURA - ESTELAR / SEVEN (EXCLUS. CSDT)

Fernando Antonio de Moura Mendes (Chico Moura)
Chico Moura é pianista de formação, há mais de 30 anos, com vasta experiência em desenvolvimento de arranjos musicais.
Há uma grande semelhança no estilo de cantar com Lô Borges.
Agregado a isto, ainda exerce a função de produtor musical, compositor de jingles publicitários e trilhas para peças teatrais.
O primeiro CD de Chico Moura, ESTELAR, conta com a participação de Lô Borges, Claudio Venturini (14 BIS), Paulinho Carvalho (contrabaixista que gravou 10 albuns de Milton Nascimento e diversos de Lô Borges, Beto Guedes, Flavio Venturini e outros grandes nomes da MPB), Chico Amaral, Esdra Ferreira (Neném), Silvia Klein (Cafeine Trio), Augusto Rennó e outros artistas.
Desde o início da sua carreira, tem destaque nos trabalhos de parceria com vários artistas: Lô Borges (Participação no ultimo CD de Lô Borges “Horizonte Vertical”), Zezé Mota, Saulo Laranjeira e outros.
Acrescido a este vasto currículo é Engenheiro civil com Pós Graduação em Gestão de Negócios o que da um tom diferencial ao seu trabalho.

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CANTO SAGRADO


SEVEN
'Seven', no qual exercita, via canções e faixas instrumentais, a influência assumida do Clube da Esquina no culto a melodias e harmonias intrincadas, além de revisitar o rock progressivo, que por aqui encontra ecos desde as décadas de 1970 (O Terço) e 1980 (Marco Antônio Araújo, Sagrado Coração da Terra e Marcus Viana).

Verdade que, entre os três estilos, Chico Moura se sobressai no instrumental, como mostra já na faixa de abertura ('Anjos'). Com o auxílio dos violões de Beto Lopes, ele resgata, ao piano e em vocalises, a veia melódica do mestre Toninho Horta.

Instrumentistas de renome não faltam em 'Seven', como Paulinho Carvalho (contrabaixo), Esdra “Neném” Ferreira (bateria) e Claudio Venturini (guitarra). Chico reforça sua veia roqueira, lembrando que o Clube da Esquina “tem um pé no progressivo”, via O Terço, além de deixar marcas em 'A página do relâmpago elétrico', de Beto Guedes, e no teclado de Flávio Venturini.

“Como autor, sou mais puxado para o rock. Gosto de guitarras barulhentas com distorções”, diz ele, revelando que compõe tudo no teclado para depois introduzir os instrumentos.

No novo disco, Chico Moura estreia parcerias com Lô Borges ('Balada & Roll') e Claudio Venturini ('Sem palavras'), além de se exercitar solitariamente nas faixas 'Quando você chegar', 'O melhor pra nós dois', 'Te encontro no cais', 'Sonho', 'Anjos', 'Seven', 'Vale das Borboletas' e 'Serenidade'.

Além de uma “canção bem mineira” ('Quando você chegar'), ele apresenta 'O melhor para nós dois' no mesmo formato. O rock progressivo é representado pela faixa-título, além de 'Sem palavras'. Faixas instrumentais completam o repertório.

Acompanhado de Augusto Rennó (guitarra), Gerdson Mourão (contrabaixo), Nathan Rodrigues (bateria) e Felipe Castagna (vocais), Chico (teclados e violão) promete apresentar a íntegra do repertório do novo CD. O disco foi gravado no estúdio que o artista montou na própria casa, em Santa Tereza.

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CANTO SAGRADO

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

LADSTON DO NASCIMENTO - DISCOGRAFIA (REPOST A PEDIDO)

Atendo ao pedido do amigo e colaborador do blog Marcelino Lima (https://barulhodeagua.com) estou repostando a discografia de Ladston do Nascimento, porem sem o 1º disco "Vida" que até o momento não consegui encontrar nos meus arquivos de backup, mas assim que estiver em mãos tb irei postar.

Natural de Belo Horizonte, Ladston do Nascimento gravou seu primeiro disco em 1991, o LP Vida, com parcerias e produção de Antonio Martins e arranjos de Zezinho Moura.

O segundo LP, Anjim Barroco, de 1998, com arranjos de Juarez Moreira e Ladston do Nascimento. Deste trabalho, sobressaíram as faixas Manhã, que foi trilha sonora da novela “Serras Azuis”, da Rede Bandeirantes e Baiãozim, que teve um videoclipe dirigido por Éder Santos, veiculado na MTV e que concorreu na categoria “Melhor Clipe do Ano” de 1998/1999.

Em 2000, Anjim Barroco também foi lançado nos Estados Unidos, pela Malandro Records, do produtor americano Rick Warm, com o nome Voice of the Heart (A Voz do Coração), sendo indicado pela revista americana especializada em música Jazztimes, como um dos melhores discos lançados nos Estados Unidos em 2000, sendo distribuído também no Japão e países da Europa.

Entre os anos de 2003 e 2004, lançou Simbora, João!, que contou com a participação especial do cantor e compositor Edu Lobo, além dos músicos Robertinho Silva e Cristóvão Bastos, dentre outros. Numa diversidade de ritmos, este cd autoral do cantor e compositor Ladston do Nascimento teve parcerias nas letras de Antonio Martins e o mais novo parceiro Fernando Brant. Também é de Antonio Martins a produção e os arranjos e a direção musical foram de Juarez Moreira, Rogério Leonel e Ladston do Nascimento. O arranjo coral e rítmicos de base foram de Zezinho Moura e Esdra Neném Ferreira, respectivamente.

Entre os diversos trabalhos na área musical, destaca sua participação como parceiro e intérprete das trilhas sonoras compostas por Marcus Viana para novelas e minisséries. Como parceiro, as trilhas sonoras das novelas “Pantanal” e “Xica da Silva”, ambas da extinta TV Manchete e intérprete das trilhas sonoras das minisséries “A Casa das Sete Mulheres” e “Aquarela do Brasil”, interpretando o “Hino Nacional” e o “Hino dos Expedicionários”, exibidas pela Rede Globo de televisão.

Em sua trajetória artística, vem colecionando prêmios como cantor, compositor, músico instrumental e criador de trilhas sonoras para o teatro, musicando mais de 70 peças, entre elas as premiadas peças “A Prostituta Respeitosa”, “A Comédia dos Sexos”, “Bicho de Lata”, “A Bela e a Fera”, “Gasparzinho”. Em julho de 2009, recebeu o Prêmio SIMPARC de melhor trilha infantil com a peça “Mogli, o Menino Lobo”.

Em  quase 30 anos de carreira, ele vem reafirmar que é um autêntico discípulo de um estilo musical que ajudou a transformar o Brasil. Com Antonio Martins mostra neste trabalho, a extraordinária capacidade de renovação da música mineira. Produzido impecavelmente por Jota Souza, torna-se ideal para quem quer ouvir e sentir, no mesmo ambiente, versos ricos de Antonio Martins, Fernando Brant, Tadeu Franco, do próprio Ladston e muitos outros.

Com o repertório destes discos, o cantor tem apresentado-se com muito sucesso em várias cidades brasileiras. Seu show, além de canções dos trabalhos lançados, tem releituras e composições próprias. É acompanhado no palco pelos músicos Carlos Augusto Menezes na bateria e Juliana Serra nos teclados.

Discografia de Ladston do Nascimento:
LP “Vida" (1991) / "Anjim Barroco/A Voz do Coração" (1998) / "Voice of the Heart" (2000)/ "A Voz do Coração (reedição)" (2003)/ "Simbora, João!" (2003/2004) / “Lugarzim” (2011).


Se vc gostar de algum dos discos abaixo, adquiri o original valorize a obra do artista.

ANJIM BARROCO/A VOZ DO CORAÇÃO

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CANTO SAGRADO

SIMBORA JOÃO
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CANTO SAGRADO

LUGARZIM
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domingo, 13 de agosto de 2017

RAMON E ROZADO - HERANÇA (EXCLUS. CSDT)

Como hoje é dia dos Pais quero parabenizar a todos e celebrar com vocês esse  excelente disco da dupla de pai e filho Ramon e Rozado.
Nas palavras de Saulo Laranjeira: "Incansáveis divulgadores da autêntica música regional, Ramon e Rozado, pai e filho, são responsáveis pelo mutirão de músicos, poetas, autores e admiradores, que se reúnem para festejar os encantos da cultura popular brasileira. Um trabalho consistente, com interpretações autênticas e personalizadas, arranjos bem elaborados e um repertório de qualidade que com certeza atende à expectativa de um público ávido por consumir a boa música regional. 

Composições de Ramon e Rozado e de grandes ícones da música regional e da música popular brasileira estão presentes no repertório. Uma celebração merecida a grandes mestres do cancioneiro brasileiro como: Xavantinho, Renato Teixeira, Zé Mulato, Ivan Lins, Tião do Carro, Zé Fortuna, Almir Sater, entre outros. Além das participações especiais dos grandes intérpretes Paulinho Pedra Azul, Celia e Celma e Sérgio de Andrade."

01 - Sertaneja - Ivan Lins e Vitor Martins
02 - Figura do Velho - Caetano Erba e Tião do Carro
03 - Amora - Renato Teixeira
04 - Lindo e Triste Brasil - Toquinho
05 - Amor de Violeiro - Geraldo Carvalho e Laudacy
06 - Brasil Poeira - Renato Teixeira e Almir Sater
07 - Cheiro de Relva - Dino Franco e Zé Fortuna
08 - Alpendre da Saudade - João Pacífico e Edmundo Souto
09 - Herança - Chico Rozado e Marcos Violeiro
10 - Lenço e Vento - José Pedro e Raymundo Prates
11 - Meu Céu - Zé Mulato e Xavantinho
12 - Violeiro e Cantador - Chico Rozado e Ramon Rozado
13 - Sou Igual Um Passarinho - Nonô Basílio
14 - Tropas e Boiadas - Tony Damito e Carlos Cezar        

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domingo, 6 de agosto de 2017

PELAS TRIA E ISTRADINHAS DE MINAS




CACHOEIRAS DE MINAS


DELICIAS DE MINAS

Delicioso padrão mineiro
Amizade que tempera
 
Domingo é dia de frango, de futebol e de descanso. Para um grupo de amigos de Teófilo Otoni, é dia também de reunião em um tradicional bar, tomar a boa e velha cerveja gelada e soltar o lado cozinheiro que há dentro de cada um. Faça chuva ou faça sol, essa verdadeira confraria se encontra há décadas no Bar Capela, nome que, no meio da turma, dá margem à invenção das mais diversas piadas. "Domingo é dia de rezar, por isso a gente vem ao Capela", solta Luiz Roberto Andrade, um dos integrantes do grupo. É ele quem explica o funcionamento da "missa". "Cada domingo, um de nós deve trazer uma prenda de casa. Hoje é o meu dia." Animado, Luiz levou como prenda sua tradicional receita de dobradinha. Incrementado com linguiça, bacon e carne seca, o prato é, de acordo com as próprias palavras de seu criador, "uma confusão de sabores". Aberto há mais de 30 anos, o Capela ocupa um imóvel antigo, de pé direito alto, cujo tamanho não comporta nem metade do grupo. Na falta de espaço, a calçada se torna extensão do estabelecimento, com direito até a churrasqueira. Portanto, caso você passe pelo Bar Capela num domingo qualquer, não estranhe. É apenas a amizade brindada com porções generosas de tempero e alegria.

1,5 kg de dobradinha

1,5 kg de carne seca de segunda, picadinha
e já dessalgada.


400 g de bacon frito
e picado


400 g de paio frito e picado em rodelas

4 dentes de alho picados

2 cebolas picadas

Sal a gosto

Pimentas de cheiro
e do reino a gosto


Cheiro-verde e
tempero a gosto

3 limões

1 copo (americano)
de vinagre



1 colher (sopa) de colorau

2 colheres (sopa)
de azeite
Pimentões


Como fazer Dobradinha com carne seca
Ferventar a carne por 20 minutos, escorrer e reservar. Com uma faca, limpar a dobradinha. Lavar bem e deixar de molho no caldo dos limões por 20 minutos. Levar ao fogo com água e vinagre apenas para ferventar. Escorrer e lavar. Na panela de pressão, cozinhar a dobradinha por mais 20 minutos depois que der pressão. Escorrer, lavar novamente e reservar. Novamente na panela de pressão, aquecer o azeite e dourar o alho, a cebola, o tempero e o colorau. Pôr o bacon, o paio, a carne, a dobradinha, as pimentas, o pimentão e cobrir com cerca de um litro de água quente. Tapar e deixar cozinhar por 40 minutos depois que der pressão. Passar a mistura para uma panela, de preferência de barro, salpicar cheiro-verde e servir.



Receita fornecida por
Luiz Roberto Andrade Santos,
de Teófilo Otoni: (33) 8416-9252

TAVITO AO VIVO NO ESTUDIO SHOWLIVRE (EXCLUS.CSDT)

Excelente show no Estúdio Showlivre  onde Tavito celebra seus grandes sucessos.
Se vc gostou adquiri o original, valorize a obra do artista.
Download em 320k
CANTO SAGRADO